Ao ver os números de seus caminhões pesados aumentarem, a Iveco traçou uma estratégia. Em outras palavras, com as vendas de 4 mil S-Way no País desde o lançamento no início de 2023, a marca agora está oferecendo o caminhão a empresas com frotas de marcas mais tradicionais, como Scania e Volvo. Porém, a preços mais competitivos.
Por essa razão, a expectativa do presidente da Iveco para a América Latina, Marcio Querichelli, é crescer no mercado. Assim, espera para 2025 crescer entre 10% e 15%. Vale lembrar que o mercado total de caminhões, conforme projeções da Anfavea, deve crescer em torno de 5%.
VEJA TAMBÉM
Produção de caminhões registra mais de 40% de alta no Brasil em 2024; veja os números
Mercedes-Benz eSprinter elétrica chega ao Brasil com até 478 km de autonomia
IPVA 2025 SP de caminhões: veja as datas de pagamento
Publicidade
“Temos um produto robusto. Além disso, o S-Way já se mostra equivalente em média de consumo e em disponibilidade frente aos concorrentes mais tradicionais. E o transportador está percebendo isso. Por essa razão, precisamos levar ao conhecimento de mais clientes essas entregas do S-Way”, diz Querichelli.
100 unidades para o S-Way a gás em 2025
Do mesmo modo, a Iveco já confirma as vendas de 100 modelos do S-Way a gás no próximo ano. Ou seja, a marca já tem essas unidades encomendadas. Porém, o número pode ser maior. Afinal, o Tector com a tecnologia a gás, acaba de chegar ao País. O modelo semipesado, lançado oficialmente na Fenatran deste ano, é produzido em Córdoba, Argentina.
Conforme Querichelli, essa pujança nas vendas vai ocorrer porque a infraestrutura de abastecimento de gás está crescendo no Brasil. Nesse sentido, já existem importantes corredores azuis disponíveis. Por exemplo, já é possível abastecer caminhões a gás nas rotas entre São Paulo e Rio de Janeiro e retorno, bem como São Paulo a Curitiba.
Outra importante novidade que vai ajudar a impulsionar as vendas dos pesados a gás é a resolução do Contran nº 1.015. Recém aprovada, a regra permite elevar para 7 toneladas a capacidade do eixo dianteiro para veículos pesados a gás.
Do mesmo modo, a resolução vale para modelos elétricos a bateria e a hidrogênio. Estes veículos são geralmente penalizados em capacidade de carga por causa do peso dos cilindros ou baterias. Todavia, a partir dessa maior capacidade nos caminhões, eles passam a ser mais competitivos frente ao diesel, que mantém com 6 t de capacidade no eixo dianteiro.
Servitização
Por meio do aumento nas vendas dos pesados, a Iveco também deve aumentar a presença da oferta de serviços aos clientes. Além daqueles mais tradicionais e em linha com as ofertas do mercado, a Iveco apresenta o SEU (Software de Eficiência Único).
Conforme a reportagem já publicada pelo Estradão, a novidade, exclusiva da marca, estuda a operação do veículo. Dessa forma, personaliza os serviços conforme às necessidades, levando em conta km percorrido, peso que transporta, etc.
Seja como for, a marca está preparada para esse aumento de demanda. Em outras palavras, a planta de Sete Lagoas, MG, tem capacidade para o aumento de demanda.