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Financiamento de caminhões Mercedes-Benz via Finame dobra no 1º semestre

Embora tenha recuado 6% em 2022, CDC continua liderando as operações de financiamento de caminhões feitos pelo Banco Mercedes-Benz

Aline Feltrin

01 de set, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Financiamentos de caminhões
Crédito:Mercedes-Benz/Divulgação

As operações de financiamento de caminhões feitas pelo Banco Mercedes-Benz via Finame dobraram no primeiro semestre de 2022. Segundo dados do braço financeiro da marca alemã, o crescimento foi de 113%, para R$ 1,067 bilhão em negócios. Para comparação, no mesmo período de 2021 essa modalidade de operação movimentou R$ 501 milhões.

De acordo com o Banco Mercedes-Benz, o aumento da procura pelo Finame tem a ver com a alta das taxas de juros. Neste ano, o Comitê de Políticas Monetária (Copom) vem aumentando sistematicamente a Selic. Ou seja, a taxa utilizada para reajustar as parcelas de operações de Crédito Direto ao Consumidor.

Apesar disso, o CDC manteve a liderança nos contratos de financiamento de caminhões feitos pelo Banco Mercedes. Segundo a instituição, essa modalidade de crédito representa 60% dos negócios. Em outras palavras, movimentou R$ 1,6 bilhão de janeiro a julho de 2022.


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Seja como for, embora os números impressionem, ficaram 6% abaixo dos registrados no mesmo período de 2021. No acumulado dos seis primeiros meses do ano passado, o CDC movimentou R$ 1,8 bilhão em negócios via Banco Mercedes-Benz.


Tendência de queda

O CDC é a linha de crédito mais utilizada por grandes, médias e pequenas empresas de transporte. Segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das montadoras (ANEF), 45% das operações feitas em 2021 utilizaram essa modalidade de crédito. Por sua vez, o Finame representou 25% dos negócios, enquanto os pagamentos à vista foram responsáveis por 25% e os consórcios, por 4%.


Contudo, em entrevista ao Estradão o presidente da ANEF, Paulo Noman diz que o CDC deve perder o protagonismo. De acordo com ele, a expectativa é de que essa modalidade seja a escolhida em 60% dos negócios envolvendo financiamento. Ou seja, o mesmo número registrado pelo Banco Mercedes-Benz.

Finame já foi protagonista

O Finame já teve seus tempos áureos no Brasil. Essa linha de crédito se destacava pelas taxas de juros baixas e os prazos longos de pagamento. O recorde de procura ocorreu em 2013. Naquele ano, 77% dos veículos pesados vendidos em parcelas foram adquiridos por meio desse tipo de operação.


A procura pelo Finame começou a cair em 2015. Naquele ano, o BNDES aumentou as taxa de juros de 6% para 9,5% ao ano para as grandes empresas. Para pequenas e médias, o salto foi de 4,5% para 7%. Além disso, o montante liberado, que era de até 100% do valor do bem, foi reduzido pela metade.

Em 2016, os recursos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) incorporados ao Finame foram extintos. Criado em 2009 para ajudar a fomentar a economia, o programa chegou a oferecer 100% de subsídio em 2014. Ou seja, durante um período no qual o Brasil enfrentou forte recessão econômica.

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