Redação

29/06/2023 - 5 minutos de leitura.

Entidade lista principais riscos para o setor de transportes de cargas no Brasil

O roubo de cargas e falta de previsibilidade para investir são alguns dos riscos citados por representantes do setor. Veja os principais apontados por especialistas

Representantes do setor listaram 29 riscos que podem interferir no bom desempenho dos negócios de transporte Crédito: Divulgação/Randon

O setor de transportes de cargas tem 29 riscos que podem impactar de forma negativa o bom desempenho da logística nacional. Essa é a conclusão de um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Assim, o levantamento ouviu representantes do setor. O objetivo é identificar eventos que podem dificultar a gestão. Bem como a operação das transportadoras e operadoras logísticas.

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Seja como for, a CNT dividiu os riscos em seis categorias. São elas: ambiental, ambiente de negócios, econômica e geopolítica. Além de social e tecnológica. De acordo com o estudo, predominaram, nos maiores níveis de ameaça, os riscos nas categorias relacionadas ao ambiente de negócios. Assim como as sociais e econômicas. Porém, todos eles apresentam impactos significativos. Isso porque os representantes consultados classificaram como riscos extremos e altos.

Excesso de tarifas e roubo de cargas

Assim, um exemplo de risco é a sobrecarga de tarifas. Bem como tributos decorrentes de alterações de leis e normas. Segundo os representantes, isso gera uma falta de previsbilidade no planejamento. Além de quebra de expectativa em relação ao retorno dos investimentos.

Outro exemplo de risco é o roubo de cargas. De acordo com o setor, toma proporções cada vez maiores. Sobretudo por causa dos ataques cada vez mais ousados do crime organizado. Segundo a CNT, o roubo de carga não afeta somente o segmento rodoviário de cargas. Impacta também os modais ferroviário e aquaviário.


Conforme noticiado pelo Estradão em junho, em 2022 foram registradas 13.089 ocorrências. Embora o número represente queda 9,1% na comparação com os números de 2023, os valores impressionam. Ou seja, o prejuízo é estimado em R$ 1,2 bilhão. Os dados são daPolícia Rodoviária Federal compilados pela NTC&Logística.

Segundo o levantamento, o Sudeste é a região do Brasil com mais ocorrências de roubo de carga. Em outras palavras, representa 85,18% dos casos. Os Estados com os maiores números de registros foram São Paulo, com 45,23%, e Rio de Janeiro, com 31,32%. Depois, por região, vêm o Sul, com 6,12%, seguido pelo Nordeste, com 4,66% e Centro-Oeste com 2,81%. Por fim, o Norte responde por 1,23% dos casos.

Mão de obra e desastres naturais

O estudo mostra também que a escassez de mão de obra qualificada. C om as competências técnicas e operacionais e outro risco. E isso ocorre em diversos segmentos do transporte de carga. Por fim, os riscos ambientais vêm impactando de forma crescente os negócios no transporte. Esse é o caso da ocorrência de eventos climáticos extremos. Bem como desastres naturais. Eles podem afetar de forma particular as infraestruturas e sistema. Um exemplo é o desabamento de terras. Esse acontecimento provoca estragos na infraestrutura rodoviárias e ferroviária.


Propostas de melhorias

Por fim, após identificar os riscos, a CNT listou algumas orientações e diretrizes mais minimizar impactos. Uma delas, portanto, é a criação de estrutura permanente para o monitoramento de riscos relacionados ao setor de transporte e logística. Além disso, o desenvolvimento de carreiras e capacitação pessoal para atuar em gerenciamento de riscos.

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