A Nikola, fabricante de caminhões elétricos e a hidrogênio, está enfrentando uma grave crise financeira e pode estar à beira de ser vendida. Após anos de desenvolvimento, a empresa norte-americana não conseguiu superar os desafios financeiros e de reputação que a marcaram desde a condenação de seu fundador, Trevor Milton, por fraude em 2022.
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Milton, ex-CEO da fabricante, enganou investidores sobre a viabilidade de seus produtos e, por isso, recebeu uma sentença de quatro anos de prisão. A empresa, desde então, luta para se reerguer, mas, apesar de seus esforços, ainda não conseguiu estabelecer uma imagem positiva no mercado.
Recentemente, fontes não identificadas relataram à agência Bloomberg que a Nikola está buscando um "salvador" financeiro, com a possibilidade de uma venda completa ou parcial da empresa. A companhia ainda não tomou uma decisão definitiva, mas está em negociação com possíveis parceiros para garantir sua sobrevivência. A falta de fundos tem sido uma preocupação crescente, com a empresa prevendo que pode não ter recursos suficientes para cumprir suas obrigações a partir do primeiro trimestre de 2025.
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Ações da Nikola desabaram
A queda das ações da Nikola é alarmante: em apenas 12 meses, elas perderam 95% de seu valor. De acordo com a agência de notícias, esse colapso no mercado reflete a dificuldade da fabricante em se recuperar, apesar de seu foco em veículos elétricos e a hidrogênio, que representariam uma alternativa ao transporte tradicional e à redução de emissões.
Steve Girsky, atual presidente-executivo da Nikola, tem tentado reverter a situação, buscando novos investimentos, reduzindo passivos e mantendo o foco no atendimento aos clientes. Em resposta a publicação americana, o executivo afirmou que mantém "conversas ativas" com potenciais parceiros.
Além disso, a fabricante também tem lidado com problemas de qualidade. Nos últimos dois anos, diversos recalls ocorreram, e em julho de 2023, um caminhão da empresa pegou fogo devido a uma falha na bateria.
A situação da Nikola ilustra claramente os desafios enfrentados por empresas do setor de veículos elétricos, especialmente aquelas que ainda estão em processo de desenvolvimento e implementação de tecnologias destrutivas. Recentemente, outra fabricante americana de caminhões a hidrogênio, a Hyzon, anunciou que encerrará as operações no próximo mês se não encontrar um comprador.
Atualmente, a Nikola oferece dois produtos. O modelo Tre BEV é um caminhão pesado elétrico movido a bateria. O outro modelo da marca, o Tre FCEV, também possui motorização elétrica, mas utiliza um sistema de célula de combustível. Esse dispositivo combina hidrogênio com oxigênio do ar em um processo eletroquímico que gera eletricidade. Ambos utilizam a plataforma do modelo S-Way da Iveco, que é parceira da empresa nos EUA.