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eActros será feito em série ainda em 2021 pela Mercedes-Benz

Após dois anos de testes com clientes, caminhão elétrico Mercedes-Benz eActros será feito em série na Alemanha a partir do segundo semestre de 2021

Andrea Ramos

07 de mai, 2021 · 6 minutos de leitura.

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eActros Mercedes-Benz
eActros Mercedes-Benz
Crédito:Mercedes-Benz/Divulgação
eActros Mercedes-Benz

O eActros, versão 100% elétrica do caminhão da Mercedes-Benz será feito em série a partir deste ano. O modelo está passando pela última fase de testes em operações reais com clientes.

Nesse sentido, os testes reais com o eActros começaram em 2018. E contaram com a participação de empresas de vários segmentos.

Além disso, na segunda fase do projeto, iniciada em 2021 a cervejaria Paulaner completou o ciclo de avaliações práticas. Portanto, com o caminhão elétrico atuando na distribuição pesada.


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eActros tem autonomia de 200 km

Um protótipo do eActros realiza o transporte da cerveja, em Munique, na Alemanha. Ou seja, por meio da Getränke und Service GmbH, a subsidiária de logística da cervejaria. Com isso, também avalia e ajuda a desenvolver o caminhão.

Na operação, o eActros faz entregas em restaurantes e mercado. Assim, o caminhão elétrico roda entre  100 e 200 km por dia. Segundo a Mercedes-Benz, a autonomia é de 200 km.


Há cerca de três anos os protótipos eActros vêm rodando em operações contínuas. Segundo o gerente da Mercedes-Benz Trucks, Rico Claassen.

Caminhão elétrico será feito na Alemanha

“Estamos muito satisfeitos com os resultados. Foi importante avaliar o eActros em várias atividades”, diz. De acordo com ele, o eActros será feito na fábrica de Wörth am Rhein, na Alemanha.

Segundo a marca, a autonomia de 200 km mostrou-se ideal. Ou seja, o eActros não deixou a desejar em relação a versões equivalentes com motor a  diesel.


De acordo com a fabricante, o sistema de refrigeração da carga e do ar condicionado funcionaram bem. Tanto no frio quanto no calor extremos.

Base do Actros convencional

No mesmo sentido, os relatos dos motoristas foram fundamentais para validar o caminhão. Segundo a Mercedes-Benz, todos destacaram a oferta instantânea de torque. Bem como o silêncio a bordo.

Ou seja, são aspectos que tornar a condução menos cansativa. Além disso, os motoristas elogiara o sistema de regeneração de energia nas frenagens e desacelerações.


O eActros utiliza o mesmo chassi do Actros convencional. Porém, recebeu arquitetura para operar como um caminhão 100% elétrico.

eActros tem dois motores elétricos

Nesse sentido, há dois motores elétricos, próximos às rodas do eixo traseiro. Enfim, a potência de cada um é de 126 kW, equivalentes a 169 cv. Além disso, o torque máximo é de 50 mkgf cada.

Isso é resultado da utilização de baterias de íons de lítio de 240 kWh. Aliás, o desenvolvimento de veículos elétricos na Alemanha tem apoio do Ministério Federal do Meio Ambiente (BMU). Bem como do Ministério Federal de Economia e Energia alemão.


O eActros terá dois e três eixos. Além disso, a Daimler Trucks vai oferecer vários serviços exclusivos. Ou seja, consultoria relacionada à mobilidade elétrica. Assim como análises de rotas e apoio para obtenção de facilidades na compra.

Além disso, vai ajudar as empresas na integração operacional da frota. Bem como no desenvolvimento de infraestrutura de carregamento das baterias.


eActros não tem data para vir ao Brasil

Vice-presidente da divisão de caminhões e ônibus, Roberto Leoncini disse que introduzir o caminhão elétrico no Brasil requer um conjunto de soluções. Nesse sentido, tem de valer a pena para o cliente.

Segundo ele, a eletromobilidade não será a única solução para desenvolver um transporte mais limpo. De acordo com Leoncini, as empresas do setor no País atuam em várias frentes.

“O desafio é compor um conjunto de soluções para esse cliente. Ou seja, um caminhão elétrico não vai rodar 2 mil km. E, dependendo das características da logística urbana, também não será viável", diz.


Segundo ele, é o caso de cidades com muitas ladeiras, por exemplo. Nesses casos, a autonomia pode ser comprometida. "Por isso estudamos várias frentes. E vamos apresentá-las no momento adequado”.

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