A Hino Motors, subsidiária de caminhões da Toyota, confessou ter manipulado dados de emissões de motores a diesel e concordou em pagar uma multa de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 9,6 bilhões). A empresa também se declarou culpada em um tribunal nos Estados Unidos, admitindo ter enganado reguladores ao apresentar informações falsas sobre os níveis de emissões e consumo de combustível.
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Entre 2010 e 2022, a Hino Motors vendeu cerca de 105 mil motores no mercado estadunidense que não atendiam às normas ambientais. Como parte do acordo judicial, a empresa ficará proibida de exportar motores a diesel para os EUA pelos próximos cinco anos. Além disso, a companhia comprometeu-se em implementar um plano de conformidade e ética para evitar novas infrações.
De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a Hino participou de uma "conspiração criminosa" para manipular dados de emissões, visando obter vantagens competitivas e aumentar seus lucros. O diretor do FBI, Christopher Wray, afirmou à BBC que a empresa violou leis ambientais dos EUA.
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Hino Motors está proibida de exportar para os EUA
Conforme definido pelo sistema judicial dos EUA, a Hino terá de recolher caminhões que estejam em violação e substituir motores empregados em atividades marítimas e ferroviárias nos EUA. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) supervisionará o cumprimento dessas medidas.
Seja como for, Satoshi Ogiso, presidente da Hino Motors, pediu desculpas pelos danos causados a clientes e parceiros. Ademais, em declaração oficial, o executivo afirmou que a empresa se esforçará para corrigir os problemas, bem como fortalecer os sistemas de controle da companhia. A Hino reportou uma perda de 230 bilhões de ienes (R$ 8,6 bilhões) em seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2024, resultado das sanções e medidas judiciais.
Este é mais um caso envolvendo fabricantes automotivos que manipularam dados de emissões nos últimos anos. Na última década, o escândalo conhecido como "dieselgate" impactou marcas do grupo Volkswagen, incluindo Audi, Porsche e Seat. O conglomerado alemão, por exemplo, gastou mais de €30 bilhões (R$ 165 bilhões) em multas, recalls e compensações a clientes.