A Ford E-Transit acaba de ser lançada nos Estados Unidos e na Europa. Agora, a Ford traz o modelo 100% elétrico ao Brasil. Inicialmente, a marca não vai vender o utilitário. Ele vai ser testado por grandes frotistas. Segundo a marca, a ideia é avaliar seu comportamento em operações reais de uso. Assim, a empresa pretende preparar o terreno para a chegada da linha às concessionárias num futuro próximo.
Seja como for, o Estradão já avaliou a Ford E-Transit. Dirigimos o furgão elétrico equipado com baterias de íons de lítio de 68 kWh. De acordo com a marca, a autonomia pode chegar 317 km, dependendo do tipo de uso.
Segundo a Ford, o modelo tem motor elétrico com potência de 198 kW, equivalentes a 269 cv, e torque de 43,8 kgfm. Entre seus principais itens de série há assistentes de partida em rampa e alerta de risco de colisão frontal e de trânsito na traseira. Bem como freio de estacionamento elétrico, câmera de 360° e central multimídia com tela de 12 polegadas.
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Recarga pode ser feita em 35 minutos
Assim como é de praxe em veículos elétricos, a Ford E-Transit tem sistema de regeneração de energia. Ou seja, que atua em desacelerações, frenagens e descidas. Assim, o movimento das rodas atua como um dínamo. Portanto, toda vez que o motorista tira o pé do acelerador, o dispositivo gera eletricidade e a envia às baterias.
Além disso, a recarga pode ser feita em cerca de 35 minutos. Porém, em pontos de carregamento rápido, de 115 kWh. Segundo a Ford, em tomadas convencionais, de até 11 kW, repor de 20% a 80% das baterias requer cerca de 8 horas. As baterias ficam sob o assoalho. Assim, contribuem com a estabilidade do furgão e não reduzem a capacidade volumétrica do compartimento de carga.
Ford E-Transit é silencioso e anda bem
Assim como em outros modelos elétricos, o silêncio a bordo se destaca no Ford E-Transit. Assim, o único indicador de que o furgão está ligado é o aviso luminoso "ready" (pronto) no painel de instrumentos. De acordo com a Ford, se o cinto de segurança ficar desafivelado por muito tempo, o carro desliga sozinho.
Avaliamos o Ford E-Transit em um trecho curto no centro de distribuição de peças da marca, na cidade de Cajamar, em São Paulo. Foi possível avaliar o comportamento do furgão nos modos de condução normal e econômico.
Há ainda o modo escorregadio, ideal para pisos com baixa aderência. Porém, como o dia estava ensolarado, não foi possível avaliar essa opção. Seja como for, de acordo com a Ford essa configuração serve para melhorar a oferta de torque. Assim, o dispositivo contribui com a segurança.
Boa ergonomia
No modo econômico, o objetivo é otimizar o consumo de energia. Como resultado, a resposta ao pedal do acelerador ocorre de forma mais comedida. Porém, isso está longe de ser um problema. No modo normal, as acelerações são bem mais vigorosas.
De modo geral, a sensação é de que a Ford E-Transit foi pensada para oferecer a melhor ergonomia possível ao motorista. Sobretudo porque o furgão é voltado a operações urbanas. Assim, o freio de estacionamento, por exemplo, é acionado por meio de um botão.
Outra facilidade são as câmeras que ajudam a manobrar o modelo. Assim, a Ford E-Transit tem soluções e comportamento parecidos com os de um automóvel.
