Os caminhões autônomos têm despertado grande curiosidade e, ao mesmo tempo, levantado diversas dúvidas sobre seu funcionamento, segurança e impacto no mercado de transporte. À medida que essa inovação avança, é natural que surjam mitos e informações distorcidas, dificultando a compreensão do verdadeiro potencial dessa tecnologia. Por isso, entender o que é fato e o que não passa de especulação é essencial para quem acompanha de perto as transformações no setor.
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Para esclarecer as dúvidas mais comuns, Joanna Buttler, diretora do Global Autonomous Technology Group da Daimler Truck, destacou os principais pontos de desinformação sobre os caminhões autônomos. Em um artigo publicado na página do grupo alemão, ela aborda como os veículos sem motorista têm o potencial de oferecer benefícios para a indústria e a sociedade.
Mito nº 1: Tecnologia autônoma é imatura e insegura
De acordo com Joanna, a tecnologia de direção autônoma, desenvolvida ao longo de quase cinco décadas, já alcançou um elevado nível de maturidade e segurança. A Daimler Truck, por exemplo, realiza testes com caminhões autônomos desde a década de 1980. O progresso da empresa alemã nesse campo acelerou a partir de 2019, com a parceria com a Torc Robotics, resultando em caminhões autônomos capazes de enfrentar situações desafiadoras, como rodovias movimentadas e cruzamentos.
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Embora os avanços sejam significativos, Joanna ressalta que o trabalho de desenvolvimento continua, com a segurança sempre como foco principal. Segundo a diretora do Global Autonomous Technology Group da Daimler Truck, os caminhões autônomos prometem desempenho confiável e livre de falhas humanas, mas ainda exigem mais testes antes de sua comercialização.
Mito nº 2: Direção autônoma serve apenas à indústria
A direção autônoma não beneficia apenas a indústria, mas também traz vantagens para a sociedade como um todo, conforme relatou Joanna. Caminhões autônomos podem operar quase 24 horas por dia, aumentando a eficiência e a lucratividade das empresas de logística. Além disso, essa tecnologia contribui para o fornecimento contínuo de bens essenciais, como alimentos e medicamentos, atendendo à crescente demanda por frete.
Por outro lado, a introdução dessa tecnologia pode gerar novos perfis de trabalho no setor de logística, além da função de motorista. A utilização de sistemas avançados, como câmeras, radar e sensores LiDAR, melhora a percepção do tráfego e pode reduzir acidentes graves, protegendo todos os usuários das estradas. Assim, a executiva afirma que a direção autônoma oferece não só melhorias econômicas, mas também benefícios significativos em termos de segurança.
Mito nº 3: Direção autônoma vai substituir motoristas
A tecnologia de condução autônoma não vai substituir os motoristas, mas sim transformar os perfis e as tarefas desses profissionais no setor de transporte, segundo a diretora do grupo Daimler Truck. A escassez de caminhoneiros é um problema crescente, com a falta de profissionais nos Estados Unidos prevista para dobrar até 2030. Portanto, em vez de eliminar empregos, a tecnologia mudará as funções.
Joanna afirma que a tecnologia de condução autônoma servirá principalmente para cobrir trechos longos e monótonos de rodovias. No entanto, os motoristas continuarão acompanhando os veículos na primeira e última milha da viagem, gerenciando a frota e interagindo com outras operações logísticas.
Mito nº 4: Caminhões autônomos não têm benefícios econômicos
No artigo, a autora diz que a direção autônoma pode oferecer benefícios econômicos que vão além da extinsão dos custos com motoristas. De acordo com Joanna, os caminhões autônomos aumentam a eficiência do setor logístico, pois passam mais tempo na estrada. Assim, com a crescente demanda por frete e a falta de condutores, os veículos desse tipo terão um papel importante no mercado.
Mito nº 5: Caminhões autônomos dirigem continuamente às custas do meio ambiente
O fato dos caminhões autônomos poderem operar 24 horas por dia não quer dizer que eles são mais prejudiciais ao meio ambiente. Pelo contrário, são veículos que podem diminuir o consumo de combustível e reduzir as emissões poluente do setor por meio de planejamentos de rota avançados, de acordo com Joanna.
Como exemplo, a executiva citou os testes do caminhão elétrico e autônomo Freightliner eCascadia nos Estados Unidos, que entrega mercadorias em um ciclo contínuo em emitir CO2. Os veículos param apenas para carregar e descarregar cargas, usando ainda esse tempo para repor a energia das baterias.
