A Cummins está por todos os lados, mas nem sempre dá pra ver. A empresa com seus múltiplos tentáculos compõe uma parte vital do ecossistema automotivo. Ela produz motores a diesel e elétricos, eixos de caminhão, sistemas de freio, diversos tipos de componentes para veículos, entre outros. Mas, com a demanda por soluções de mobilidade sustentável, a companhia centenária está reinventando a fórmula de seus negócios. A multinacional apresentará algumas dessas novas receitas durante a Fenatran, entre os dias 4 e 8 de novembro, no São Paulo Expo, em São Paulo.
- VEJA MAIS:
- Mercedes-Benz Sprinter 2025 chega à Argentina e logo virá ao Brasil
- Maior centro de produção de biodiesel de soja do mundo será no PR
- Projeto de Lei quer proibir pneus recapados em ônibus e caminhões
Em encontro com a imprensa em São Paulo (SP), Adriano Rishi, presidente da Cummins Brasil, explicou as estratégias da companhia no âmbito global e para o mercado brasileiro. Nos dois casos, a empresa trabalha em soluções para o “hoje, amanhã e o futuro”, todas focadas em reduzir ou zerar emissões poluentes, que é o pináculo da estratégia "Destino Zero" da companhia. “Eu não chego na solução do futuro com um pulo. Precisamos melhorar o que temos disponível hoje e avaliar o que podemos fazer para o amanhã, no curto prazo”, contou Rishi. A meta da empresa é alcançar zero emissão em 2050.
Motor multiflexível
Para o curto prazo, uma das principais apostas da Cummins são os motores HELM, sigla em inglês para “Maior Eficiência, Menos Emissões e Múltiplos Combustíveis”. Ou seja, é um propulsor que pode funcionar com diferentes tipos de combustível, alterando apenas a configuração do cabeçote. De com o fabricante, a plataforma suporta diesel, gás natural e hidrogênio.
Publicidade
A empresa apresentará os motores da família HELM durante a Fenatran, nas versões de 6.7 litros, 10 l e 15 l. "Não podemos esperar 20 ou 30 anos para iniciar a descarbonização. Como solução para conectar o presente às inovações do futuro, a plataforma HELM se apresenta como uma tecnologia inovadora para essa transição crucial”, disse o presidente da Cummins Brasil.
No mercado brasileiro, os motores HELM podem ser ainda mais flexíveis, operando com diferentes misturas de biodiesel, biocombustíveis, HVO, gás natural, gasolina, etanol e biogás.
Motores a gás
Parte da atual estratégia da Cummins para reduzir emissões, os motores movidos a gás natural serão outros destaques da companhia durante o salão de transportes em São Paulo. Nesse sentido, a empresa mostrará o novo motor B6.7N (de 6.7 litros), projetado para diversas aplicações, com potência variando de 192 a 283 cv e torque de 60,1 a 112,1 mkgf.
De acordo com o fabricante, o B6.7N serve principalmente para veículos especiais, como caminhões de lixo e de saneamento. Além disso, conforme divulgado pela Cummins, esse motor ainda serve em caminhões médios e ônibus.
Outro motor a gás da Cummins, o M15N também estará à mostra na Fenatran. Sugerido para aplicações pesadas, como em caminhões de cana-de-açucar e madeireiro, esse propulsor oferece de 429 a 530 cv. Trata-se, portanto, do propulsor a gás mais potente disponível no Brasil.
Segundo a Cummins, os motores a gás natural trazem benefícios relevantes em termos de sustentablidade. Conforme dados da empresa, esse combustível reduz de 13% a 17% as emissões de gases do efeito estufa, do poço de extração até a roda do veículo, e reduz em 27% a emissão de CO2 no escape do veículo, comparado ao diesel.
