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Construção civil e agronegócio puxam as vendas de implementos pesados

Mesmo com a demanda por semirreboques aquecida por causa da construção civil e do agronegócio, o volume de vendas neste ano será menor do que 2022

Aline Feltrin

10 de jul, 2023 · 3 minutos de leitura.

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construção civil e agronegócio
A expectativa é que o Brasil emplaque 75 mil implementos pesados até dezembro
Crédito:Divulgação

A construção civil e o agronegócio vão puxar as vendas de reboques e semirreboques até o fim deste ano. Conforme a Anfir, associação que reúne as fabricantes de implementos rodoviários, a expectativa é que o Brasil emplaque 75 mil implementos desta categoria até dezembro.

Mesmo assim, o número ainda é inferior ao do ano passado. Segundo os números da Anfir, em 2022 o Brasil comprou 83.143 reboques e semirreboques. Assim, 8 mil a mais do que se espera atingir neste ano.

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O presidente da Anfir, José Carlos Spricigo diz que a queda da demanda está relacionada ao aumento dos preços dos caminhões Euro 6 em até 30%. Assim, a inflação dos preços de modelos 0-km também afastou compradores de implementos pesados.

Outro motivo, de acordo com ele, foi a liberação das vendas de semirreboques com o 4° eixo direcional no ano passado. Assim, isso fez diminuir a queda pela procura por bitrens.


Seja como for, um semirreboque com o 4° eixo tem mais capacidade de carga similar à de um bitrem, além de ser mais barato. Conforme a Anfir, isso é o suficiente para o operador logístico optar por essa configuração.

Acesso ao crédito

O segmento de carroceria sobre chassi, ou seja, de implementos leves, também terá menos vendas neste ano na comparação com 2022. Conforme a Anfir, a expectativa é alcançar 60 mil emplacamentos. No ano passado, as vendas somaram 71.601 unidades. Assim, 11 mil a mais do que se espera para 2023.

De acordo com Spricigo, o mercado enfrenta dificuldades para a obtenção de crédito. Assim, a taxa de juros elevada e a inadimplência nas empresas criam as condições para que o acesso ao financiamento fique mais difícil.


“As dificuldades existem. Mas entendemos que elas não são insuperáveis e surgem visões positivas no mercado financeiro que nos animam”, diz Spricigo.

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