A CNH Industrial desistiu de vender a Iveco à FAW. De acordo com uma nota divulgada pelo grupo, as negociações com a companhia chinesa foram encerradas. Porém, a empresa informa que pretende dividir as operações. De um lado caminhões rodoviários e motores, e de outro as operações off-road de máquinas agrícolas. Ou seja, o processo de divisão das companhias deve ser concluído até 2022.
As conversas entre a CNH Industrial e a FAW começaram em 2020. Porém, em pouco tempo as negociações começaram a esfriar. E ficaram em banho-maria.
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Mas voltaram a ganhar fôlego em janeiro deste ano. Aliás, essa informação chegou a ser noticiada pelo Estradão.
CNH recusou oferta de R$ 20,2 bi pela Iveco
Na ocasião, a companhia chinesa chegou a oferecer US$ 3,7 bilhões pela marca italiana. Ou seja, algo em torno de R$ 20,2 bilhões na conversão direta pelo dólar da época.
No entanto, a CNH rejeitou a oferta. O grupo italiano considerou o valor abaixo do desejado. Porém, a companhia não informou qual seria o lance ideal.
Seja como for, o anúncio da oferta fez bem à CNH. Em outras palavras, as ações do grupo italiano chegaram a subir 4,5%.
Venda faz parte de reestruturação
De todo modo, a Iveco continua à venda. Essa operação faz parte de um plano revelado em 2019 pela CNH. A companhia quer separar a área automotiva e de equipamentos industriais.
Assim, o grupo poderia reorganizar os negócios de caminhões e ônibus. Dentro da CNH, essa divisão tem baixas margens de lucro.
Da mesma maneira, uma saída seria unir a Iveco à divisão de motores FPT. Assim, seria possível reduzir custos, simplificar as operações e aumentar o valor dos ativos.
CNH não desiste de vender a Iveco
Na Europa, a Iveco é a marca com menor participação no mercado de caminhões. A italiana compete com as marcas do Grupo Traton, da Daimler e Volvo.
Apesar disso, a Iveco tem uma ampla oferta de produtos e tecnologias. Ela ocupa o topo do ranking na oferta de caminhões a gás na Europa. Na China, vende suas vans por meio da estatal SAIC Motor.