O CEO da ZM Trucks, Joost de Vries, afirmou que a principal motivação para frotas adotarem caminhões elétricos não é ambiental, mas econômica. Em entrevista ao Fleet Owner, o diretor da fabricante nos Estados Unidos destacou que a decisão de compra se baseia no custo total de operação e na competitividade financeira dos veículos. De acordo com o executivo, o argumento de defesa do meio ambiente raramente influencia na escolha dos clientes.
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Subsidiária do grupo japonês ZO Motors, a ZM Trucks inaugurou recentemente uma fábrica nos EUA, em Inland Empire, na Califórnia. Segundo de Vries, a planta tem capacidade para produzir três veículos por hora e deve encerrar este ano com 400 entregas e o próximo com 1.200. Atualmente, a planta produz caminhões elétricos leves e médios. Porém, quem compra esses produtos no mercado norte-americano não "abraça árvores", como frisou o CEO.
“Não tem nada a ver com o meio ambiente. Ninguém no nosso setor é extremista que abraça árvores. Nem falamos sobre emissões, exceto por um item no final da nossa apresentação, porque isso não conta para os clientes para quem vendemos”, afirmou o diretor da ZM Motors nos EUA.
TCO e retorno financeiro versus sustentabilidade
Para de Vries, empresas compram veículos de serviço centradas no retorno sobre o investimento (ROI) e no custo total de propriedade (TCO), independentemente da motorização. "Se eu compro um caminhão, não o compro porque sou forçado a isso por uma regulamentação. Compro porque faz sentido obter um melhor ROI”, disse.
Além disso, de Vries explicou que a ZM busca demonstrar às pequenas frotas que veículos elétricos podem ser viáveis quando oferecem redução de custos. Ainda segundo o CEO, essa abordagem se diferencia da narrativa tradicional de sustentabilidade, que muitas vezes domina o debate sobre mobilidade elétrica.
Ao contrário de outras startups de veículos elétricos comerciais nos EUA, o executivo afirmou que a ZM Trucks não busca grandes contratos de frotas corporativas. Por ora, a prioridade da empresa são clientes de pequeno porte, que podem reduzir custos operacionais com a adoção de poucos veículos.
