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Movimento por greve de caminhoneiros perde força

Nas redes sociais, os caminhoneiros estão divididos sobre aderir ou não à greve. Na prática, há várias associações representantes da categoria. Ou seja, o movimento não tem uma liderança nacional.

Aline Feltrin

29 de jan, 2021 · 5 minutos de leitura.

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greve dos caminhoneiros
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Crédito:

A possibilidade de greve de caminhoneiros é cada vez mais remota. Os motoristas que trabalham no porto de Santos (SP) disseram nesta sexta-feira (29) que não vão participar.

Da mesma forma, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava), que era a favor da greve, mudou de posição.

Segundo o presidente da Abrava, Wallace Landin, conhecido com "Chorão", o movimento passou a ter cunho político. “Há grupos que apoiam o presidente, outros são contra, há os contra o STF e governadores”, conta.


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Associações de caminhoneiros

“Precisamos reivindicar somente os direitos da categoria", diz. Chorão publicou um vídeo nesta sexta-feira (2) com a declaração.

Enfim, o movimento em prol de uma greve de caminhoneiros na segunda-feira (1) é pulverizado. Ou seja, não há uma liderança nacional.

Em suma, há várias associações. A Abrava, por exemplo, informa que congrega 10 mil motoristas autônomos de 14 diferentes associações. .


Associações de transporte se declaram contra a greve

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) também é contra a greve. Por meio de nota, o presidente da NTC, Francicso Pelucio, se comprometeu a manter a atividade em todo o território nacional.

“Esperamos que as autoridades federais e dos Estados tomem medidas necessárias para impedir os bloqueios nas rodovias”, informou Pelucio.


A Confederação Nacional do Transporte (CNT) se posicionou contra a greve de caminhoneiros. “As transportadoras garantem o abastecimento do País", diz o presidente da CNT, Vander Costa.

Bolsonaro diz que busca solução para alta do diesel

Em live feita nesta quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a pedir que não haja greve de caminhoneiros. Segundo ele, “o governo está buscando maneiras para que o diesel não tenha mais reajuste”.

Mas o presidente ponderou que a Petrobras segue uma planilha. Em outras palavras, os preços do combustível dependem de fatores internacionais. Segundo ele, o dólar continua alto.


Nesta semana, a Petrobrás reajustou em 4,4% o preço do diesel nas refinarias. Ou seja, um novo  aumento deve chegar às bombas dos postos em breve.

Caminhoneiros têm lista com 10 reivindicações

Na quarta-feira (27), a Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista enviou  ofício ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Assim, solicitou que o governo zere a cobrança de PIS e Cofins sobre o óleo diesel.

Dessa forma, apoia o requerimento feito na terça-feira (26) pela Abrava. Chorão, disse ao Estradão que os es aumentos do diesel estão inviabilizando a profissão.


A redução do preço do diesel é apenas um de 10 reivindicações feitas pela categoria. A princípio, o ponto mais importante é a defesa da constitucionalidade da Lei 11.703 de 2018.

Em 2018, greve parou o País

Ou seja, a validade da regra que instituiu uma política nacional de valores mínimos de pagamento do frete. A lei foi uma das conquistas da greve de caminhoneiros de 2018.

No dia 21 de maio daquele ano começou uma paralisação que durou dez dias. Com isso, o Brasil inteiro sofreu com a falta de produtos como combustíveis, alimentos e medicamentos.


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