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Caminhoneiro de 88 anos dirige Peterbilt e não quer se aposentar

Aos 88 anos, caminhoneiro norte-americano dirige Peterbilt de 2000, diz que gosta da profissão e que nem prensa em parar de trabalhar

Andrea Ramos

12 de mai, 2021 · 7 minutos de leitura.

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Caminhoneiro de 88 anos não pensa em se aposentar
Caminhoneiro de 88 anos não pensa em se aposentar
Crédito:Autoblog/Divulgação
Caminhoneiro de 88 anos não pensa em se aposentar

Aos 88 anos, Dave Sheets trabalha como caminhoneiro. Ou seja, continua na ativa em uma idade em que a maioria das pessoas está aposentada. O veterano é dono de um belo caminhão Peterbilt ano 2000 com cabine leito.

Segundo quem conhece o motorista norte-americano, ele é muito bom no que faz. Afinal, experiência não lhe falta. Sheets, que nasceu em Denver, no Colorado, começou a trabalhar como caminhoneiro na década de 1950.

Aliás, ele trabalha há 25 anos para a Savannah Transport, de Salt Lake City, em Utah. De acordo com o dono da transportadora, Terry Crawford, o caminhoneiro é um excelente profissional. Considerado um motorista da "velha escola", ele "supera a maioria dos motoristas mais jovens, segundo seu chefe..


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Caminhoneiro virou celebridade

Nesse sentido, Sheets faz viagens rodoviárias movimentando cargas em geral. Eventualmente, ele  transporta materiais perigosos no Oeste e meio Oeste norte-americano.

Seguindo Sheets, ele roda bastante com seu Peterbilt. "Isso faz com que eu esteja sempre ocupado”, diz o motorista, que tem o caminhão como principal companheiro.

Recentemente, ele virou celebridade na internet. Ao ser parado em uma blitz em Dakota do Norte, o motorista chamou a atenção dos patrulheiros por sua desenvoltura.


Caminhoneiro virou celebridade

Assim, os policiais pediram para tirar uma foto do veterano ao lado de seu Peterbilt vermelho. Depois, publicaram a imagem nas redes sociais da Patrulha Rodoviária estadual (NDHP).

Porém, nem eles nem Shhets faziam ideia da enorme repercussão da publicação. Além de receber centenas de comentários, a imagem foi compartilhada 3.600 vezes em apenas 24 horas.

Assim, o caminhoneiro, que é viúvo, ficou sabendo do sucesso por meio dos filhos, netos e bisnetos. Ele perdeu a esposa em 2016, poucos dias antes do 64º aniversário de casamento. Contudo, diz que quando está na estrada não sente sozinho.


Portanto, o motorista veterano, que fará 89 anos em agosto, nem pensa em se aposentar. “Enquanto eu continuar passando nos exames médicos (que garantem o direito de dirigir) vou continuar trabalhando”, disse ao site TNN.

Caminhoneira brasileira tem 92 anos

O Brasil também tem um, ou melhor, uma representante para lá de veterana da categoria. Trata-se de Nahyra Schwanke, de 92 anos, que é alemã, mas chegou ao País quando ainda era um bebê.


Apesar de ter se aposentado há cerca de dois anos, dona Nahyra ainda viaja em seu Mercedes-Benz Axor. Porém, quem dirige agora é um motorista contratado por ela.

Dona Nahyra é considerada a caminhoneira mais velha do Brasil. Assim também é mulher que durante mais tempo trabalhou ao volante de um caminhão.

Dona Nahyra ingressou na profissão há 64 anos

Ou seja, ela começou a dirigir caminhões em 1957, quando tinha 28 anos. Inicialmente, a caminhoneira fazia o transporte de mercadorias para o pequeno comércio de sua família.


Porém, o tempo foi passando e o que era fruto de uma necessidade virou paixão. Dona Nahyra disse ao Estradão que, apesar de muita gente romancear sua trajetória, nem tudo foram flores. Sobretudo quando tinha de ficar mais de 30 dias longe de casa e da filha ainda pequena.

Além de ser raro haver caminhoneiras em uma época em que a profissão era ainda mais tipicamente masculina, havia vários percalços. Como a péssima infraestrutura.

Sem banheiros femininos

De acordo com ela, isso inclui a precariedade das condições das estradas. Bem como a inexistência de locais exclusivos para mulheres nos postos de parada e terminais logísticos.


Segundo dona Nahyra, não havia sequer banheiros femininos nos postos de parada. Simplesmente porque não havia caminhoneiras. Por isso, ela precisava contar com a ajuda de amigos caminhoneiros e frentistas.

Porém, ela diz que nunca teve medo de viajar sozinha. E que todos os colegas sempre a respeitaram. Além disso, graças a seu profissionalismo, ela ganhou a admiração dos embarcadores.

Sem banheiros femininos

Assim, dona Nahyra dá um conselho que vale para qualquer pessoa. Ou seja, independentemente do gênero ou da profissão. "Quando você mantém sua privacidade, não dá abertura para ninguém."


Segundo ela, apenas nos anos 1980 surgiram mais mulheres interessadas em atuar na profissão de caminhoneiro. Da mesma forma, a veterana diz que as condições para elas foram melhorando.

Ela afirma que as estradas evoluíram muito. Assim como os caminhões foram ficando mais modernos. Portanto, isso facilitou a vida de todos os motoristas. Inclusive das mulheres.

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