Tecnologia

Caminhões a hidrogênio têm mercado promissor no Canadá, diz CEO da Nikola

Raros mesmo em países desenvolvidos, caminhões a hidrogênio devem demorar a chegar ao Brasil, onde não há sequer postos de abastecimento

Aline Feltrin

11 de abr, 2023 · 4 minutos de leitura.

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caminhões a hidrogênio
A Nikola quer colocar seus caminhões a hidrogênio nas estradas do Canadá em breve. País é grande incentivador dessa tecnologia limpa de emissões
Crédito:Divulgação Nikola/site Olhar Digital

Os caminhões a hidrogênio ainda são raros. Porém, já há mercados com bom potencial para esse tipo de solução, como o Canadá. Segundo o CEO da Nikola, Michael Lohscheller, o país é considerado como um dos mais promissores para a marca. Por isso, a companhia norte-americana pretende iniciar as vendas por lá em 2024. Segundo reportagem do site Truck News.

Para isso, a fabricante fez parceria com a TC Energy. Com sede em Calgary, no norte do Canadá, a empresa vai ajudar a desenvolver a infraestrutura de reabastecimento de hidrogênio. De acordo com Lohscheller, os incentivos oferecidos no país são parecidos com os da Europa.

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Conforme o executivo, o mais importante é a compreensão de que o processo de descarbonização precisa ocorrer. "Nos Estados Unidos, isso ainda não estão tão enraizado. Porém, no Canadá e na Europa as pessoas realmente levam esse processo a sério.”

Realidade distante para o Brasil

No Brasil, a vinda de caminhões a hidrogênio é algo bem distante. De acordo com o sócio especialista da consultoria internacional Bain & Company, Fernando Martins, isso deve levar décadas para ocorrer. “Até lá, precisamos de uma solução que garanta essa transição. Sobretudo para veículos que percorrem longas distâncias. E também para abastecer a frota antiga”, diz.

Conforme Orlando Merluzzi, da consultoria Tendências e Gestão, dificilmente os veículos a célula a hidrogênio serão viáveis por aqui. "Isso porque eles são muitos caros e o investimento não se justifica." De acordo com ele, as apostas são nos caminhões elétricos e a gás. Além disso, os modelos a diesel devem continuar à venda por por muitos anos no Brasil.


Afinal, não há sequer postos de reabastecimento de hidrogênio no País. Da mesma forma, Merluzzi chama a atenção para o custo total da propriedade. Ou seja, o método mais utilizado para medir o custo da aquisição. Bem como do uso ao longo do tempo. De acordo com ele, o mercado é que vai definir o que vai ser adotado no Brasil. "O guia vai ser o preço e o custo do caminhão.”

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