A Scania começa a produzir o caminhão elétrico 30 G no Brasil em 2027. De acordo com a marca, trata-se de seu primeiro cavalo-mecânico elétrico movido a bateria. A informação é de Christopher Podgorski, CEO e presidente da Scania Latin America, durante o Climate Day. A divulgação ocorreu nesta terça-feira (22), na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Trata-se de uma ação focada em temas relacionados à sustentabilidade realizado simultaneamente em todas as plantas da Scania no mundo.
De acordo com Podgorski, a novidade é fruto de parte dos R$ 2 bilhões de investimentos anunciados pela empresa para período de 2025 e 2028. Assim, a planta paulista vai receber atualizações para poder produzir o modelo. Porém, ele não revelou quanto desse total será utilizado no projeto.
Vale lembrar que os brasileiros puderam conhecer o Scania 30 G durante a Fenatran, em novembro de 2024. De todo modo, embora o primeiro cavalo-mecânico elétrico da Scania no Brasil, o modelo não é o pioneiro da marca com essa tecnologia no País.
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Ou seja, a Scania já havia importado em 2023 dois caminhões elétricos para a PepsiCo. Conforme a marca, trata-se do semipesado P25 com tração 6x2, para operações de distribuição urbana. Além disso, a Reiter Log adquiriu um 30 G no ano passado, com entrega prevista para 2026.
Estratégia para o Scania 30 G ao Brasil
De acordo o diretor de desenvolvimento da Scania Brasil, Marcelo Gallao, antes do lançamento há várias fases a cumprir. Inicialmente, alguns clientes vão testar o modelo em operações reais no País. Essa fase vai começar em 2026. Para isso, os caminhões virão da Suécia.
Nesse meio tempo, a Scania vai se preparar para nacionalizar a produção. Nesse sentido, a planta de São Bernardo do Campo receberá várias atualizações. Os primeiros protótipos serão feitos em uma área menor. Porém, o objetivo é que também passem a integrar a linha principal de produção.
Segundo Gallao, o trem de força elétrico do 30 G é da própria Scania. Porém, a empresa já negocia o fornecimento das baterias com parceiros locais. O novo caminhão compartilha diversos componentes com o ônibus elétrico da marca, cuja primeira unidade acaba de sair da linha de montagem no Brasil.
De acordo com Gallao, a empresa pretende atuar com mais de um fornecedor, como ocorre com os caminhões com motor a combustão. Conforme o executivo, o objetivo é garantir segurança e continuidade à linha de montagem. "É o que chamamos de ‘redundância de fornecedores’”, diz.
Como resultado, a marca pretende chegar a 60% de índice de nacionalização de peças no novo modelo. Assim, vai ser possível usar o financiamento do Finame na compra do Scania 30 G.
Vala dizer que o cavalo-mecânico elétrico tem tração 4x2 e autonomia de até 250 km entre as recargas. Segundo a marca, sua capacidade técnica é de 66 toneladas. Portanto, poderá puxar implementos de três eixos.
