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Caminhão a hidrogênio: GWM mostrará sistema em evento em SP

Conforme antecipou ao Estradão, a GWM pretende produzir hidrogênio no Brasil a partir do etanol e testar caminhões a célula a combustível

Redação

21 de set, 2023 · 4 minutos de leitura.

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hidrogênio
Apesar de o hidrogênio ser economicamente viável, há desafios com relação a infraestrutura de recarga
Crédito:GWM/Divulgação

A Great Wall Motors (GWM) vai mostrar no Brasil seu sistema de célula a hidrogênio para veículos pesados. Recentemente, GWM confirmou ao Estradão que trará caminhões a hidrogênio para testes no País. No entanto, ao menos por ora, a empresa não pretende vender modelos do tipo no mercado brasileiro. Assim, a ideia é mostrar que a empresa está pronta para oferecer essa solução. Seja como for, a novidade será apresentada durante o Salão da Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes, entre os dias 5 a 7 de outubro, em São Paulo.

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Conforme a GWM, o projeto visa produzir hidrogênio a partir do etanol. Bem como criar uma rota de testes com caminhões a célula a hidrogênio em São Paulo. Para isso, a iniciativa inclui a instalação de pontos de reabastecimento. Nesse sentido, conta com o apoio da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP).

Segundo a marca de origem chinesa, a tendência é, com o tempo, ampliar a presença de caminhões a hidrogênio em outros projetos. Vale lembrar que GWM tem uma subsidiária focada em tecnologias de mobilidade a hidrogênio. Ou seja, a FTXT Energy Technology, que produz na China veículos pesados com a nova tecnologia.

A FTXT Energy Technology fornece a tecnologia dos caminhões a hidrogênio (GWM/Divulgação)

Oportunidades e desafios do hidrogênio

Apesar de o caminhão a hidrogênio já ser tecnicamente viável, há desafios com relação à infraestrutura de reabastecimento. Nesse sentido, a empresa prevê um investimento inicial de cerca de R$ 8 milhões. Porém, a marca informa que o aporte inicial é rapidamente diluído no caso de operações de transporte de carga. Sobretudo na comparação com veículos de passeio, cujo uso é menor que o de caminhões.

Assim, a direção da empresa entende que o desenvolvimento no Brasil deve começar pelo transporte de longas distâncias. Seja como for, é possível apostar que no futuro a GWM poderá oferecer esse tipo de veículo no País. Porém, ainda é cedo para saber quando isso deverá ocorrer.

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