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Caminhão a gás ganha novo posto entre São Paulo e Curitiba

Comgás distribui gás em posto de abastecimento para caminhão em Taboão da Serra e amplia oferta do produto no corredor que liga São Paulo e Curitiba

Redação

26 de ago, 2021 · 6 minutos de leitura.

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caminhão a gás
Corredor São Paulo-Curitiba ganha cobertura de GNV para caminhões
Crédito:Scania/Divulgação
Corredor São Paulo-Curitiba ganha cobertura de GNV para caminhões

O plano de expandir a oferta de Gás Natural Veicular (GNV) para caminhões e ônibus no Brasil está a todo vapor. Nesse sentido, a Comgás passa a distribuir gás em um posto em Taboão da Serra, na grande São Paulo. Com isso, a principal rota de ligação entre a capital paulista e Curitiba ganhou maior cobertura para o transporte de carga por meio do caminhão a gás, segundo a empresa.

De acordo com a Comgás, o ponto de reabastecimento fica no Posto Rota 116, no km 16,5 da Rodovia Régis Bittencourt. Conforme a empresa, são quatro bicos com capacidade para abastecer 200 m³ em cerca de 40 minutos. O preço do m³ do GNV no posto é de R$ 3,179.

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O motorista também encontrará GNV para caminhões em Colombo (PR), informa a empresa. Ou seja, a apenas 375 km de distância do novo posto. Portanto, ficou mais fácil viajar de uma capital à outra com um caminhão a gás. Isso porque a autonomia desses modelos varia de 400 km a 500 km.

De Curitiba a SP com 70% dos tanques

Segundo a Comgás, foram feitos testes com um cavalo-mecânico da Scania. Ele partiu de Curitiba carregado com 5 toneladas. Ou seja, bem abaixo do limite de peso bruto total (PBT), de cerca de 54 toneladas.

Como resultado, segundo a empresa, o caminhão chegou em São Paulo com cerca de 30% de GNV de reserva. Segundo a Comgás, o modelo tinha oito cilindros com capacidade total para 236 m³ de gás.


Ao contrário do que ocorre com os automóveis, a oferta de pontos de reabastecimento de caminhões a gás ainda é pequena. Isso porque os sistemas são diferentes. Em outras palavras, os conectores das bombas para veículos pesados têm capacidade de vazão muito maior.

Caminhão a GNV gasta até 15% menos por Km

Portanto, esse é um dos entraves para a ampliação da frota a gás no Brasil. Além disso, há a questão do preço. Por exemplo, o caminhão Scania a gás é cerca de 30% mais caro que o mesmo modelo com motor a diesel.

Por outro lado, com GNV a redução de custo por quilômetro rodado varia de 12% a 15%, segundo a distribuidora. Além disso, as emissões de CO2 são até 15% menores. Esses números são resultado da comparação com o modelo equivalente a diesel, de acordo com a Comgás.


Por enquanto, a Scania é a única marca a oferecer caminhões a gás no Brasil. Trata-se do cavalo-mecânico R410, que pode rodar com gás comprimido, liquefeito ou biometano.

Concorrência a caminho

Primeiramente, a marca apresentou o caminhão a gás na edição de 2019 da Fenatran. Logo depois, criou um programa de testes para comprovar a viabilidade do novo produto. Assim, os caminhões a gás foram avaliados por empresas como Unilever, Pepsico, São Martinho, Bravo Logística e Ambev.

Como resultado, a Scania projeta encerrar 2021 com cerca de 200 unidades vendidas. Porém, a marca de origem sueca não é a única de olho no segmento. Ou seja, em breve deverá enfrentar concorrência da Iveco.


Isso porque a italiana já confirmou a intenção de vender caminhões a gás no País. Segundo o líder da marca na América do Sul, Márcio Querichelli, os testes já estão no horizonte. Ele revelou o projeto em entrevista exclusiva ao Estradão.

Atualizada em 27/8 às 16h10

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