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Bahia recebe laboratório móvel para manutenção de estradas sem asfalto

UFRB e DNIT levam laboratório móvel equipado para ampliar pesquisas, monitoramento e conservação das rodovias não pavimentadas no estado

16 de ago, 2025 · 4 minutos de leitura.

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Laboratório móvel conta com equipamentos para realização de testes como viga Benkelman e FWD
Crédito:Divulgação

Desde julho, um laboratório móvel equipado para realizar testes técnicos em rodovias não pavimentadas está em operação na Bahia. O projeto é uma parceria entre a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A unidade móvel realiza diagnósticos estruturais e coleta dados para apoiar a manutenção e o monitoramento dessas vias.

De acordo com o DNIT, o estado da Bahia possui aproximadamente 800 quilômetros de rodovias federais sem pavimentação. O laboratório móvel foi designado para atuar em cinco trechos experimentais, com cerca de 600 metros cada, espalhados por diferentes regiões do estado. O trabalho envolve coletas mensais de dados que deverão basear análises técnicas sobre as condições das estradas, bem como a efetividade dos métodos de manutenção aplicados.

Equipamentos e atividades do laboratório móvel

Segundo os idealizadores do projeto, o laboratório móvel conta com equipamentos para realização de testes como viga Benkelman e FWD (Falling Weight Deflectometer). Ensaios de densidade de camadas e amostragem de solos diretamente no campo também estão entre as atividades. Além disso, a estrutura inclui recursos básicos para a equipe, como ar-condicionado, estufa, gerador, internet via satélite e banheiro feminino.

A unidade móvel também dará suporte ao PRO-MeDiNa, programa nacional que busca calibrar o novo método mecanístico-empírico para o dimensionamento de pavimentos. Atualmente, a Bahia concentra 15 dos 35 trechos monitorados no Brasil dentro desse programa.

“A manutenção das estradas não pavimentadas ainda é um dos principais desafios para o escoamento de cargas e circulação de veículos pesados. Investir em ciência e estrutura de apoio técnico, como está sendo feito na Bahia, representa um ganho direto para a logística nacional e para a valorização do trabalho dos caminhoneiros, disse Márcio Galdino, diretor regional do Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg).


Pesquisa e formação profissional

Além das atividades técnicas, o projeto envolve seis professores e mais de 20 estudantes da UFRB, que participam das ações de campo. O objetivo é gerar dados para pesquisas acadêmicas e contribuir para o desenvolvimento de soluções aplicáveis à infraestrutura rodoviária.

A parceria entre UFRB e DNIT está formalizada por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) 507/2023, com duração prevista de cinco anos. Durante esse período, as instituições trabalharão conjuntamente para desenvolver pesquisas e aprimorar o monitoramento das rodovias não pavimentadas na Bahia.

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