A Associação Brasileira de Rastreabilidade de Partes e Peças de Máquinas, Veículos e Equipamentos (ABIRPP) passou a cobrar a normatização das empresas que oferecem a chamada “vacina” contra roubo de caminhões no Brasil. O serviço consiste na identificação e registro de mais de 300 partes e peças de um veículo, possibilitando a rastreabilidade dos itens em caso de roubo.
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De acordo com a ABIRPP, o método é eficiente porque coíbe o comércio de peças roubadas e auxilia as autoridades na condução de investigações. Entretanto, a associação alerta que algumas empresas não seguem critérios técnicos ao implementar as marcações nos componentes.
Sinval Pereira, Presidente da ABIRPP, alerta que há no mercado profissionais sem capacitação adequada para identificar os diferentes tipos de materiais que compõem um caminhão durante a realização das identificações.
"É crucial estabelecer critérios técnicos para certificar essas empresas, garantindo que sigam protocolos eficientes. Também é importante que as máquinas usadas atinjam os índices de deformidade mínimos exigíveis para uma futura perícia, possibilitando a rastreabilidade", afirma o presidente da associação.
Atualmente, cerca de 160 empresas aplicam a vacina contra roubo de caminhões no Brasil, segundo a ABIRPP. Empresas e frotistas começaram a usar esse método no País em 2001.
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“Vacina” deve ser aplicada com máquinas especiais
Conforme apontou o presidente da ABIRPP, o processo de gravação nas peças exige o uso de máquinas de punção pneumática. “Todas as montadoras de veículos utilizam esse método para gravações de segurança”, afirma. Esse tipo de máquina cria inscrições permanentes, como números de série e códigos de identificação, ao pressionar uma ponta metálica contra o material.
Ainda de acordo com Pereira, as prestadoras deste serviço devem fornecer todas as informações sobre o procedimento de marcação realizado da peça, incluindo evidências como fotografias, nota fiscal e laudo com validade judicial. Esses dados são disponibilizados no Sistema Nacional de Identificação da ABIRPP.
"Dessa forma, quando a polícia localizar uma peça identificada, poderá acessar todas as informações sobre ela e executar uma investigação mais bem-sucedida", explica o presidente.
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