Encerrada as vendas dos três primeiros meses do ano, a Fenabrave, federação que representa as concessionárias no País, revisou suas projeções de crescimento do mercado de caminhões divulgadas anteriormente. Enquanto em janeiro, a entidade estimativa alta de 9,5%, agora vislumbra aumento de 17% nos emplacamentos, para 60.919 unidades no fim de 2018.
A previsão, no entanto, indica um posicionamento conservador do setor distribuição, afinal, para boa parte das fabricantes de caminhões, como MAN Latin America, Mercedes-Benz, Scania e Volvo, já divulgaram estimativas de crescimento em torno de 30%.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a cautela considera possíveis problemas na base de fornecimento para a indústria que passou longo período com os pedidos drasticamente reduzidos. “O tempo para desenvolver novos fornecedores e mesmo para reprogramar para cima os volumes de peças é maior na indústria de caminhões. E com a safra prevista a demanda por pesados e extrapesados está acima do esperado”, justifica.
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Mas independentemente do que está por vir, os resultados do primeiro trimestre mais uma vez apresentam trajetória da recuperação das vendas perdidas nos últimos anos. De janeiro a março, chegaram às ruas e rodovias do País 14.699 caminhões, alta de 51,68% sobre o mesmo período do ano passado, quando os licenciamentos somaram 9.671 unidades.
O crescimento das vendas registrado em março também se mostrou expressivo, de 45,34%, para 5.969 caminhões emplacados contra 4.107 anotados um ano antes.
Para o presidente da Fenabrave, o ritmo das vendas nos três primeiros meses do ano reflete a recuperação econômica e a consequente elevação do nível de confiança do consumidor. "Iniciamos 2018 com expectativas de crescimento para todos os segmentos que representamos. Já no primeiro trimestre do ano, pudemos notar a reação do mercado e as expectativas renovadas em função da melhora dos índices econômicos. Este cenário positivo favorece o mercado de veículos no geral.”