A indústria brasileira de implementos rodoviários projeta faturar US$ 49 milhões com exportações ao Paraguai nos próximos 12 meses. A estimativa decorre da Rodada de Negócios realizada em Assunção, nos dias 24 e 25 de junho, como parte do programa MoveBrazil, promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), juntamente com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
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Durante o evento, os fabricantes brasileiros fecharam US$ 3,1 milhões em negócios imediatos. De acordo com a Anfir, o grande foco da ação foram acordos de médio prazo, firmados pelos contatos estabelecidos com empresas paraguaias interessadas em componentes, peças e soluções para o transporte de cargas.
“A ação consolida cada vez mais a presença do produto brasileiro em um mercado de extrema importância para nós e, com a adesão recorde de 37 empresas participantes nessa Rodada de Negócios, mostra a força do programa como motor impulsionador de nossas exportações”, afirmou José Carlos Spricigo, presidente da Anfir.
Comitiva brasileira teve participação recorde
O encontro em Assunção contou com a maior comitiva já reunida desde a criação do programa MoveBrazil, em 2016. No total, 37 empresas brasileiras participaram da missão, que teve o apoio institucional da Embaixada do Brasil no Paraguai e da Câmara de Comércio Paraguai Brasil (CCPB).
A lista de fabricantes presentes inclui nomes como Facchini, Guerra, Hyva, Metalesp, Rodovale, Triel-HT e Unylaser, entre outras marcas do setor.
Para o embaixador do Brasil no Paraguai, José Antonio Marcondes de Carvalho, o momento foi oportuno. “O Paraguai tem trabalhado para consolidar-se como centro logístico na região e é mercado de grande potencial para os implementos rodoviários brasileiros, de reconhecida excelência. A missão da Anfir revelou múltiplas oportunidades de parcerias entre empresas brasileiras e paraguaias”, destacou.
Parcerias e projeções otimistas
Além de estimular acordos comerciais, a Rodada de Negócios também buscou estreitar laços institucionais entre os dois países. Além disso, a CCPB defendeu a continuidade dessas ações como estratégia para expandir as exportações brasileiras.
“Participar é essencial para conseguir novas parcerias e criar oportunidades de crescimento no mercado internacional”, afirmou Fabio Fustagno, presidente da CCPB. Ele acredita que os desdobramentos da rodada devem impactar positivamente não apenas a balança comercial, mas também o fortalecimento de cadeias produtivas integradas na região.