A Agrale informou que entregou recentemente 128 viaturas Marruá 4x4 ao Exército Brasileiro. De acordo com a fabricante de Caxias do Sul (RS), os novos modelos recebidos pela força terrestre são do tipo AM11, para missões de reconhecimento, e AM31, de transporte.
- VEJA MAIS:
- Volare produz 80 mil micro-ônibus em 26 anos de história
- Marcopolo lança sistema de ar-condicionado controlado por IA
- Agrale apresenta veículos militares em Brasília; veja os modelos
Essas versões do Agrale Marruá utilizam motor diesel Cummins de 3,8 litros, que entrega 167 cv de potência e 61,1 mkgf de torque, além de transmissão manual Eaton de seis marchas e tração 4x4. No entanto, os modelos apresentam dimensões e capacidades diferentes.
O AM11, um jipe, mede 4.855 mm de comprimento, possui 3.080 mm de distância entre eixos e acomoda quatro ocupantes ou cargas de até 800 kg. Além disso, o modelo pode receber uma metralhadora com suporte giratório de 360°. Já o AM31, uma picape-chassi, mede 5.560 mm de comprimento, conta com 3.530 mm de distância entre eixos e, conforme a configuração, transporta até 1.500 kg.
Publicidade
"Com esta nova entrega ao Exército Brasileiro, a Agrale reforça seu compromisso com a defesa e segurança do país", diz o comunicado da Agrale. A fabricante gaúcha é uma Empresa Estratégica de Defesa (EED), certificada pelo Ministério da Defesa do Brasil.
Agrale Marruá, o "touro" do Exército
A Agrale projetou o Marruá para o uso militar, destinando-o ao transporte de pessoal e cargas em qualquer terreno. A empresa gaúcha lançou o produto em 2004, e no ano seguinte, o Exército Brasileiro homologou o jipe e logo efetuou os primeiros pedidos. A Marinha do Brasil também opera a viatura fabricada em Caxias do Sul, bem como as forças armadas da Argentina, Equador, Paraguai, Namíbia, Suriname e Emirados Árabes Unidos. A versão civil do veículo estreou em 2005.
Porém, a origem do Marruá é mais antiga. A empresa desenvolveu o modelo a partir do antigo jipe militar EE-12, da extinta Engesa, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo em 1984.
Após o fim da Engesa, a Agrale adquiriu os direitos de projeto do EE-12 no início dos anos 2000 e investiu em sua evolução, dando origem ao Marruá. O nome do veículo é um termo brasileiro usado para descrever um boi ou touro com um temperamento feroz. Além disso, nas redes sociais, ele é o "Hummer brasileiro", em referência a antiga marca da GM que produzia SUVs e jipes militares.