A Volvo Trucks anuncia a introdução de novos caminhões das gamas FM e FH movidos a gás natural liquefeito (GNL) ou biogás no portfólio da fabricante. Os modelos inéditos, destinados às aplicações de médias e longas distâncias rodoviárias em configurações 4x2, 6x2 e 6x4, tanto cavalo-mecânico quanto rígido, terão motores de 13 litros com tecnologia Euro 6 de 420 ou 460 cavalos associados à caixa de transmissão automatizada I-Shift. As novidades estarão disponíveis no mercado europeu em 2018, com lançamento comercial previsto durante a primavera.
A fabricante garante que os caminhões a gás proporcionam o mesmo desempenho, dirigibilidade e consumo de combustível se comparado aos veículos da marca movidos a diesel. A maior vantagem, no entanto, diz respeito à emissão de poluentes. De acordo com a Volvo, os novos produtos geram de 20% a 100% menos CO2 em relação ao diesel, a depender da escolha do combustível.
“Com os novos caminhões movidos a GNL ou biogás podemos oferecer uma alternativa de baixo impacto climático e que também atende às demandas de desempenho, eficiência de combustível e autonomia, uma combinação fundamental ao transporte de carga de longas distâncias”, observa Lars Mårtensson, diretor de meio ambiente e inovação da Volvo Trucks.
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A solução da Volvo é baseada em motores a diesel, o que não compromete a capacidade de condução e a eficiência energética, ao contrário das adaptações convencionais em cima de motores de ciclo Otto, a gasolina. No caso do motor a gás de 460 cv, o torque é de 2.300 Nm e, o de 420 cv, de 2.100 Nm, valores correspondentes aos motores a diesel puros. Depois, de acordo com a empresa, o consumo também é equivalente.
Os caminhões podem ser abastecidos com GNL ou biogás, ambos os combustíveis têm como base o metano. Se a escolha for pelo primeiro, a pegada de carbono pode diminuir em 20% ao passo que a segunda opção reduz em até 100%. Para proporcionar autonomia, os tanques são preenchidos com GNL e armazenado sob pressão a uma temperatura de -140°C a -125°C. A maior tanque oferecido, de 495 litros, permite alcance de até 1.000 km. Ao funcionar, o combustível é aquecido, pressurizado e convertido em gás antes de ser injetado no motor. Para a combustão, uma pequena quantidade de diesel é adicionada no momento da injeção.
“O gás natural tem preços competitivos em muitos países e existem reservas suficientes para justificar o uso em larga escala”, afirma Mårtensson. “Nosso foco em veículos GNL cria novos instrumentos para que nossos clientes executem operações mais eficientes em termos de consumo de combustível e custo-benefício. Ao mesmo tempo, entregamos uma solução para que as operações de caminhões pesados reduzam consideravelmente seu impacto no meio ambiente.”