A partir de domingo (1º de março), a mistura de biodiesel no diesel vendido no Brasil passa de 11% para 12%. A medida foi aprovada pela A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Não há informações sobre mudanças no preço do produto para o consumidor final.
A ANP fixa o porcentual de adição de até 15%, em volume, de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor. Essa mistura deverá atender ao cronograma previsto na Resolução CNPE nº 16, de 2018. Com a medida, a proposta é que a mistura mínima suba 1 ponto percentual por ano até chegar, em 2023, aos 15%.
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O biodiesel é um biocombustível produzido a partir de óleos vegetais, gorduras e resíduos como o óleo de cozinha usado. Atualmente, cerca de 80% do biodiesel oferecido no Brasil é produzido a partir do óleo de soja.
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Produção de biodiesel para 2020
De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), são esperados a produção e consumo de 7 bilhões de litros do biocombustível. Com isso, o Brasil deve reduzir em cerca de 13,3 milhões de toneladas as emissões de CO2 por veículos. Isso equivale a 105 milhões de árvores plantadas, o suficiente para ocupar 980 mil campos de futebol ou 700 mil hectares.
O País ocupa a segunda posição como maior produtor e consumidor de biodiesel do mundo. Fica atrás apenas dos Estados Unidos, onde a mistura é de B20 (diesel com 20% de biodiesel) nos postos.
Oferta e viabilidade para crescer
O preço do biocombustível é competitivo em relação ao diesel. Por ser vendido às distribuidores de combustíveis em leilões bimestrais e são mais de 30 produtoras ofertando o produto, as distribuidoras buscam pela melhor oferta.
Como os leilões são públicos, o consumidor também tem acesso às informações. O objetivo é permitir que qualquer pessoa possa ter ideia dos preços praticados no mercado.