O deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE) apresentou, no fim de setembro, um projeto de lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro para incluir a obrigatoriedade de sensores de fadiga e sonolência em caminhões novos. Conforme o texto da proposta, a medida busca aumentar a segurança nas estradas e prevenir acidentes provocados pelo cansaço dos motoristas.
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O PL ressalta que a fadiga e a sonolência ao volante representam riscos significativos para o transporte rodoviário de cargas. Além disso, o texto menciona estudos nacionais e internacionais que mostram que motoristas com privação de sono têm tempo de reação mais lento e capacidade de julgamento reduzida, aumentando a probabilidade de colisões e tombamentos nas estradas.
A proposta indica que os sensores devem possuir tecnologias capazes de identificar sinais de cansaço, como alterações no padrão de direção e expressões faciais, acionando alertas em tempo real. Ainda de acordo com o texto, a obrigatoriedade valerá apenas para caminhões novos com PBT acima de 3.500 kg. Caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definir as especificações técnicas e o cronograma de implementação, se a PL avançar.
Sensores contra sonolência já existem em caminhões no Brasil
O projeto do deputado Augusto Coutinho salienta que tecnologias desse tipo já são empregadas no transporte de cargas em diversos países desenvolvidos e ajudam a reduzir acidentes provocados por fadiga do motorista.
No Brasil, alguns fabricantes de caminhões já oferecem esses sistemas como itens opcionais, como a Volvo, por exemplo. Empresas de telemetria também atuam nesse campo, com dispositivos que usam câmeras e programas de inteligência artificial para detectar padrões de fadiga dos motoristas.