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Tesla Semi divide opiniões: potência e conforto agradam, mas alcance e cabine geram críticas

Motoristas elogiam dirigibilidade e força do Tesla Semi, entretanto apontam limitações de autonomia, tempo de recarga e ergonomia do posto de condução

Redação

28 de set, 2025 · 5 minutos de leitura.

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Tesla Semi divide opiniões: potência e conforto agradam, mas alcance e cabine geram críticas
Tesla Semi divide opiniões: potência e conforto agradam, mas alcance e cabine geram críticas
Crédito:Fotos: Tesla
Tesla Semi divide opiniões: potência e conforto agradam, mas alcance e cabine geram críticas

Com o Tesla Semi, a fabricante quer inovar no campo da eletrificação de longas distâncias. O modelo demorou a chegar às estradas, mas finalmente caiu nas mãos de motoristas com décadas de experiência. Todavia, a novidade chega para repensar hábitos de direção, manutenção e logística.

Mas apesar dessa ruptura, os primeiros relatos mostram entusiasmo. Caminhoneiros destacam a potência imediata, a facilidade em curvas e os recursos tecnológicos. Entre eles, sistema de navegação e câmeras externas. Entretanto, os condutores também apontaram que a integração do veículo ao dia a dia traz desafios ainda não superados.

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Pontos fortes e limitações da autonomia

Segundo a Tesla, o Semi pode rodar até 800 km com carga completa e recuperar 70% da bateria em apenas meia hora. No entanto, na prática, motoristas relatam que fatores como vento lateral, relevo e condições climáticas reduzem a autonomia. Portanto, essa imprevisibilidade obriga fazer paradas adicionais, quebrando a previsibilidade das operações.

Tesla Semi divide opiniões: potência e conforto agradam, mas alcance e cabine geram críticas
Posto de condução na parte central, para alguns motoristas, atrapalha no dia a dia da operação - Fotos: Tesla

Além disso, o tempo de recarga gera atritos econômicos. Muitos caminhoneiros não recebem pagamento pelas horas em que ficam parados. Logo, esses intervalos representam queda de renda. Nesse sentido, a transição elétrica só funcionará se empresas ajustarem escalas e remuneração.

Cabine inovadora, mas controversa

O assento central do Semi divide opiniões. Parte dos motoristas enxerga ergonomia superior e visão simétrica da estrada. Contudo, outros consideram a solução pouco prática em manobras de ré ou na entrega de documentos em portarias desenhadas para cabines tradicionais. Assim, a interação exige maior dependência de câmeras e retrovisores.

Outro ponto de atenção surge na infraestrutura. A recarga ultrarrápida do Tesla Semi depende de uma rede robusta de megaestações. Mas sem essa rede a vantagem de autonomia e velocidade anunciada perde relevância. Para frotas, isso significa rever rotas, planejar áreas de descanso e negociar tarifas de energia.

Além disso, gestores precisam considerar que a eletrificação demanda investimentos conjuntos entre fabricantes, operadores logísticos e governos. Somente assim o Semi deixará de ser uma promessa isolada para se tornar uma solução viável em larga escala.

Uma promessa em construção

Apesar das críticas, os caminhoneiros norte-americanos reconhecem pontos positivos claros. Como manutenção reduzida pela ausência do motor a combustão, menos emissões e um ambiente de condução silencioso. Empresas com rotas fixas e planejamento rigoroso já identificam oportunidades de economia operacional a médio e longo prazo.


Todavia, o resultado final depende de variáveis externas ao veículo. Preço da eletricidade frente ao diesel, expansão da infraestrutura de recarga e ajustes trabalhistas. Essas premissas é que vão definir se o Tesla Semi será apenas um marco experimental ou, de fato, o início de uma nova era para o transporte rodoviário pesado.

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