A Petrobrás reduziu o valor médio da gasolina e do diesel nas refinarias em 1,5% e 4,1%, respectivamente. Mas devido a fatores como impostos, distribuição logística e custo da mistura de biocombustíveis, a redução na bomba vai demorar.
De acordo com a agência Reuters, a redução do preço dos combustíveis foi em razão da queda da cotação do petróleo no mercado internacional. Os preços do petróleo caíram mais de 2% esta semana.
Essa é a segunda vez no ano que a estatal reduz o preço dos combustíveis. O primeiro corte foi em 14 de janeiro, quando o preço dos combustíveis nas refinarias caiu 3%.
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Preço do diesel
Apesar da atual redução nos preços dos combustíveis, o repasse dos ajustes para o consumidor final levará um tempo.
Como as distribuidoras trabalham com estoques de combustíveis que duram em média cinco dias, o atual valor reduzido só deve chegar às distribuidoras na próxima remessa.
Outro fator de que a queda nas refinarias não vai impactar imediatamente na bomba é a logística. As distribuidoras são responsáveis pelo abastecimento dos postos no País. E quanto mais longe o posto ficar da distribuidora, mais tempo levará para receber o combustível. Em média até 10 dias.
As refinarias vendem o diesel sem biodiesel para as distribuidoras. É nas bases de distribuição que são adicionados os 11% de biocombustível. E só após a mistura é que a distribuição é feita.
Todo o processo engloba custos do imposto pago pelo litro do combustível comprado pelas distribuidoras, custo logístico e da mistura do biocombustível. Por isso é mais fácil as distribuidoras verem o valor real da redução nas refinarias do que o consumidor final.
De acordo com fontes do setor, se a redução na refinaria for repassada na bomba, o preço do diesel vai cair cerca de 2%. Mas vai depender da taxa de câmbio e do preço internacional do barril do petróleo se manterem estáveis até o repasse chegar na bomba.