Os fabricantes de automóveis e comerciais leves da Europa pediram à Comissão Europeia que flexibilize as regras de emissões de CO₂. Conforme a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), sem mudanças haverá perda de competitividade e da segurança industrial do continente.
VEJA MAIS:
- Mercedes-Benz 1017 volta para os leves e desbanca Volkswagen 9.180
- Accelo 1117 avança em vendas e Delivery 11.180 lidera nos caminhões médios
- Caminhões médios e semipesados emplacam mais que Volvo FH 540
A diretora-geral da ACEA, Sigrid de Vries, defende uma política “pragmática, flexível e tecnologicamente neutra” como caminho para a descarbonização do transporte rodoviário. Além disso, ela diz que a regulamentação deve se adaptar à realidade europeia. Ou seja, as metas climáticas não podem comprometer a economia e a competitividade industrial.
Avanços limitados na eletrificação
Segundo a ACEA, mesmo após investimentos expressivos, os carros elétricos a bateria representam apenas 15,6% das vendas na União Europeia. Enquanto os comerciais leves alcançam 8,5% de participação. Todavia, os números ainda revelam desafios estruturais importantes.
A associação destaca a escassez de pontos de recarga, a ausência de incentivos consistentes e a forte dependência da Europa em relação a fabricantes asiáticos de baterias. Nesse sentido, a entidade considera que a velocidade de transição não acompanha a realidade de mercado.
Caminhões enfrentam obstáculos semelhantes
Na semana passada, o Conselho de Veículos Comerciais da ACEA reforçou a mesma preocupação em relação aos caminhões. O grupo alertou que, sem avanços rápidos na infraestrutura e em condições regulatórias mais favoráveis, dificilmente as metas de redução de CO2 para veículos pesados serão atingidas até 2030.
Além disso, os representantes do setor lembram que a ausência de políticas de apoio ameaça comprometer investimentos. Do mesmo modo, atrasa a transição energética no transporte de cargas.