As vendas de caminhões pesados nos Estados Unidos estão passando por uma queda histórica. Em julho, os pedidos chegaram a 12.700 unidades, o que representa uma alta de 42% comparado a junho, conforme dados da FTR Transportation Intelligence. No entanto, apesar dessa melhora mensal, o número é 7% menor que o registrado no mesmo mês de 2024. Além disso, essa redução marcou o sétimo mês consecutivo de queda em relação ao ano passado.
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De acordo com o website CCJ, a demanda por caminhões pesados está longe da média histórica dos EUA. Nos últimos 10 anos, o setor emplacava mais de 20 mil veículos no mês de julho, volume bem superior ao resultado atual.
Tarifas e indefinição sobre regras de emissão travam setor
Segundo a publicação, diversos fatores reduziram as vendas de caminhões pesados nos últimos meses nos EUA. Primeiro, a volatilidade das tarifas comerciais gera incertezas, sobretudo com a possível imposição das tarifas da Seção 232. Essa seção autoriza o governo americano a aplicar, por exemplo, taxas ou restrições à importação de determinados produtos se for constatado ameaça a segurança nacional do país. O temor é que a portaria seja acionada em importações de aço e alumínio, componentes essenciais para a indústria automotiva local.
Além disso, a indefinição sobre as futuras normas de emissões previstas para 2027 pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) também tem causado hesitação nos investimentos das frotas, indicou o site.
Ainda de acordo com a reportagem, outro aspecto que agrava a situação é o alto nível de estoques acumulados, que reduz a necessidade de produzir mais caminhões pesados. Isso ocorre mesmo em um momento em que a economia dos EUA ainda cresce, com expansão de 3% no segundo trimestre. Contudo, o enfraquecimento dos setores de habitação e indústria, além dos cortes de empregos nos fabricantes, apontam que a demanda por veículos pesados deve continuar baixa nos próximos meses.
