Mercado

Brasil caminha para ser o maior mercado da Mercedes-Benz Caminhões em 2025

Mesmo com instabilidades locais, País supera desempenho da Europa, onde o mercado enfrenta crise econômica e política, diz Mercedes-Benz

Andrea Ramos

16 de jul, 2025 · 5 minutos de leitura.

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Brasil caminha para ser o maior mercado da Mercedes-Benz Caminhões em 2025
Brasil caminha para ser o maior mercado da Mercedes-Benz Caminhões em 2025
Crédito:Fotos: Andrea Ramos/Estradão
Brasil caminha para ser o maior mercado da Mercedes-Benz Caminhões em 2025

A Mercedes-Benz do Brasil deverá se consolidar como o maior mercado da marca no mundo em 2025. Quem confirma a expectativa é o vice-presidente da Mercedes-Benz Caminhões, Jefferson Ferrarez, ao revelar que, mesmo com os desafios da economia brasileira, o mercado nacional apresenta desempenho superior ao da Europa. O velho continente enfrenta uma combinação de inflação alta, incertezas políticas e desaceleração econômica.

“A Europa está passando por um período difícil, com inflação elevada, guerras e incertezas políticas e econômicas. Isso esfriou o mercado geral por lá. Os clientes estão muito mais apreensivos do que os nossos aqui”, diz o executivo.

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Crescimento consistente no Brasil

Enquanto o mercado europeu esfria, o Brasil caminha no sentido oposto. No primeiro semestre de 2025, a Mercedes-Benz emplacou quase 13 mil caminhões, o que representa um crescimento de 3% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, a marca atingiu 25% de participação de mercado, um avanço de 3,6 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2024.

Para o fechamento de 2025, a expectativa da marca da estrela é crescer de 15% a 20% nas vendas em relação ao ano passado. “Fomos a marca que mais cresceu em participação no mercado nesta primeira metade do ano. Dessa forma, estamos conquistando espaço em todos os segmentos, mesmo em um cenário desafiador”, conta Ferrarez.


Cenário para os extrapesados em 2025

Seja como for, o segmento de extrapesados, foco de disputa entre as grandes marcas, deve encerrar 2025 com algo entre 50 mil e 55 mil unidades vendidas, segundo projeção de Ferrarez. Embora abaixo das 60 mil unidades de 2024, o volume é considerado expressivo diante do cenário econômico.

Além disso, o segundo semestre já apresenta sinais de reação. “Apesar de o mercado de pesados e extrapesados ter esfriado 18% no primeiro semestre, há muitas consultas acontecendo para o segundo semestre. Pode não repetir os números do ano passado, mas deve fechar melhor do que os primeiros seis meses deste ano”, avalia.

Novo Axor e estratégia ajustada

A Mercedes-Benz aposta no lançamento do novo Axor, agora com visual atualizado e mais opções de versões para logística regional e aplicações fora de estrada. A linha também é uma alternativa abaixo do Actros para operações que não exigem um motor acima de 500 cv na configuração 6x4. Mas que ainda demandam robustez e confiabilidade.

Dessa forma, o executivo explicou que o mercado brasileiro está se reconfigurando em segmentos de longa e super longa distância, o que exige diferentes perfis de caminhão. “As distâncias acima de 1.500 km ainda são dominadas pelo Actros. Já para operações abaixo disso, o cliente quer um caminhão robusto. Mas não necessariamente com todo o conforto e tecnologia embarcada do topo de linha”, diz.

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