Um levantamento do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) revelou que os alimentos lideraram os roubos de carga registrados na Grande São Paulo em 2024. Ao todo, ocorreram 3.487 crimes desse tipo nos 50 municípios que integram a base representativa da entidade, incluindo a capital, Guarulhos, Osasco, Barueri e Mogi das Cruzes.
- VEJA MAIS:
- Actros "Estrela Delas" estreia na frota da Ever Express com foco nas motoristas
- MAN lança ônibus elétrico mais aerodinâmico que uma Ferrari
- Kia lança Bongo K2500 4x4 com garantia maior e manutenção mais espaçada
De acordo com os dados da pesquisa, a cidade de São Paulo concentrou a maioria das ocorrências, com 64,6% dos casos. Em seguida, aparecem Guarulhos (6,3%), Osasco (4,6%), Itapevi e Cotia. Os números foram reunidos com base em registros da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Roubos de carga ocorrem com mais frequência pela manhã
Além da predominância de alimentos entre as cargas roubadas, o levantamento apontou que os roubos de carga ocorrem com mais frequência no período da manhã. Essa faixa horária coincide com o início das rotas de distribuição e abastecimento do comércio, o que amplia a movimentação logística nas ruas. Conforme o relatório, em 1.686 casos as abordagens aconteceram durante o momento da entrega.
O presidente do SETCESP, Marcelo Rodrigues, afirma que os produtos alimentícios atraem mais os criminosos por causa da alta demanda, bem como pela facilidade de revenda em pequenos comércios. “Eles têm apelo social e circulam com rapidez, o que dificulta o rastreamento e favorece a atuação de receptadores”, declarou.
Segundo o relatório, as autoridades recuperaram apenas 8,53% das cargas roubadas em 2024.
Cargas valiosas e registros incompletos complicam cenário
Os criminosos também miraram cargas de alto valor agregado em 2024. Cigarros, bebidas, eletroeletrônicos, produtos farmacêuticos e autopeças figuraram entre os principais alvos na Grande São Paulo.
De acordo com o relatório, cerca de um terço das cargas roubadas tinham valor estimado em até R$ 20 mil. No entanto, cerca de um sexto dos casos não apresentava valor declarado, o que dificulta a avaliação do prejuízo financeiro total.
Rodrigues destacou ainda que muitas pessoas registram os boletins de ocorrência de forma incompleta, o que limita a capacidade da polícia de investigar e comprovar os crimes. “Sem um relato detalhado, a polícia pode liberar o suspeito ainda durante a abordagem, por falta de elementos suficientes”, explicou.