Diante de um cenário econômico difícil, marcado pelo aumento da inadimplência e das taxas de juros, bem como pela restrições de crédito, a Volkswagen Caminhões aposta em novos produtos, serviços e alternativas ao CDC para recuperar as vendas. Dessa forma, a empresa busca driblar a retração no segmento de extrapesados.
Nesse sentido, a marca oferece, por exemplo, o Meteor Highline. Segundo a empresa, nessa versão, que foi lançada na edição de 2024 da Fenatran, o destaque são as soluções eletrônicas. O cavalo-mecânico tem, por exemplo, painel de instrumentos digital de 10 polegadas e sistema multimídia com tela de 7”.
- VEJA MAIS:
- Com juros altos, transportadores adiam compra de caminhões; veja alternativas
- Abastecer caminhão Scania S 770 V8 no Brasil pode custar quase quatro salários mínimos
- Mercedes-Benz lança micro-ônibus LO 916R de uso misto
Além disso, a marca informa que o consumo de combustível é até 10% menor. Porém, essa não é a única frente de atuação da empresa. A oferta de serviços foi ampliada e, com isso, a adesão aos contratos de manutenção cresceu. Atualmente, 15% dos compradores de caminhões extrapesados adquirem um desses planos.
Portanto, houve avanço de mais de 50% nas vendas desse tipo de serviço. Conforme o vice-presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche, isso também é resultado da profissionalização do setor. Segundo ele, os contratos de manutenção garantem maior previsibilidade de custos.
Volkswagen aposta na locação e consórcio
Ademais, com a dificuldade de obtenção de crédito e o aumento do preço, de em média 10% no caso dos extrapesados, os compradores estão migrando para outras modalidades de negócio. Assim, a locação de caminhões e o consórcio com entrega programada vêm ganhando destaque.
Conforme a VWCO, nessas duas modalidades a alta no número de negócios mais do que dobrou. Seja como for, Alouche reconhece o avanço é sobre uma base baixa. “Muitos clientes estão migrando para locação, principalmente os com dificuldade de obter crédito via CDC. O consórcio também ganhou força pela previsibilidade de entrega do veículo”, diz.