O governo de Donald Trump criou uma medida que deve causar forte impacto no setor de transportes nos Estados Unidos. Segundo o governo, para poder trabalhar no país todos os caminhoneiros têm de fazer testes de fluência em inglês. Assim, a regra reverte medida do governo de Barack Obama, que em 2016 flexibilizou essa exigência para motoristas de caminhões que queiram trabalhar nos EUA.
- VEJA MAIS:
- Cidade de São Paulo estuda uso do ônibus a gás da Scania
- Bloqueio de celular de caminhoneiro visa reduzir acidentes de trânsito
- Mercedes-Benz lança micro-ônibus LO 916R de uso misto
Assim, a partir de agora, todos os caminhoneiros devem comprovar que são capazes de compreender, ler e escrever em inglês. Do mesmo modo, têm de conhecer os sinais de trânsito e conseguir interagir com autoridades policiais e de fronteira. Aqueles que não atingirem o nível exigido podem perder o diretito de trabalhar imediatamente.
Segundo o governo Trump, a medida visa garantir a segurança nas estradas dos EUA. O argumento é de que conseguir estabelecer uma comunicação eficiente é essencial em emergências e durante fiscalização. Vale dizer que desde 20021 a legislação norte-americana exige que motoristas de veículos comerciais tenham domínio básico da língua inglesa.
Obama liberou exigência de Inglês fluente para caminhoneiros
No entanto, em 2016, o governo Obama flexibilizou essa regra, permitindo que motoristas com pouco ou nenhum conhecimento de inglês continuassem trabalhando nos EUA. Porém, para isso deveriam atender outros critérios técnicos. O objetivo era aumentar o número de profissionais e atender uma demanda do setor, que sofria com a falta de mão de obra.
Seja como for, a nova ordem executiva de Trump nada mais é do que a retoma da regulamentação anterior. Assim, o governo reforça que o exame de nível de inglês não é opcional. Da mesma forma, será aplicado de maneira padronizada em todo o território norte-americano.
A decisão causou polêmica entre sindicatos e entidades do setor. No passado, a Commercial Vehicle Safety Alliance (CVSA) havia votado pela eliminação da exigência. Segundo a agência, não havia evidências claras de que a proficiência em inglês impactasse diretamente a segurança rodoviária.
Por outro lado, o secretário de Transportes dos EUA, Sean P. Duffy, defendeu a medida. Segundo ele, a regra é um senso comum e nunca deveria ter sido abandonada. "Trata-se de proteger vidas nas estrada”, afirma. Resta saber qual será o impacto nas operações de transporte dos EUA.
Atualizada em 3/5 às 14h27