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Áreas de escape da Arteris já salvaram mais de 1.300 vidas nas rodovias

Áreas de escapa em rodovias da Arteris já foram acionados mais de 700 vezes e evitaram acidentes com caminhões sem freio

Thiago Vinholes

24 de abr, 2025 · 6 minutos de leitura.

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Áreas de escape têm cobertura de argila expandida, material que "agarra" os caminhões sem freio
Crédito:Arteris/Divulgação

As áreas de escape nasceram no automobilismo como solução para evitar acidentes graves em situações de perda de controle, especialmente nas curvas de alta velocidade das pistas. Nas rodovias, esses espaços cumprem um papel semelhante: oferecem uma rota segura para caminhões e outros veículos pesados que perdem os freios, permitindo uma desaceleração controlada e evitando acidentes graves.

Recentemente, a Arteris, que administra rodovias nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, anunciou um marco: 1.300 vidas salvas em 774 entradas nas áreas de escape. A contagem começou em 2011, com a implantação do primeiro dispositivo no km 671,7 da BR-116, em Guaratuba (PR). Atualmente, a concessionária mantém quatro trechos operacionais — três em Guaratuba e um em Miracatu (SP).

O número de vidas salvas é calculado com base no total de ocupantes de cada veículo que acessa esses espaços. Quando um ônibus com 20 passageiros entra na área, por exemplo, o registro considera 21 vidas preservadas, incluindo o motorista. No caso dos caminhões, que representam a maioria dos acionamentos, normalmente apenas o condutor está presente — e ele também entra na conta.

“Cada vida salva reforça a importância dos investimentos em segurança viária e o impacto positivo que geramos para motoristas, passageiros e para toda a sociedade”, afirmou Cesar Sass, diretor-superintendente da Arteris Litoral Sul, ao Estradão. A empresa informou que investiu R$ 38 milhões na construção das áreas de escape.

Como funcionam as áreas de escape

As áreas de escape que a Arteris mantém são pistas com quase um metro de profundidade, preenchidas com argila expandida. Esse material cria uma superfície fofa e instável, onde os pneus afundam parcialmente e enfrentam resistência. Conforme o veículo avança, ele reduz a velocidade de forma gradual até parar por completo, sem sofrer impactos bruscos.


De acordo com a concessionária, quando um veículo acessa a área de escape, ele ativa as câmeras de monitoramento, e as equipes especializadas entram em ação para prestar atendimento. “Tudo isso oferece uma segunda chance ao usuário quando algo sai do controle, como uma distração ao volante ou uma falha no veículo”, afirmou Sass.

As áreas são construídas, preferencialmente, em trechos de serra com longas descidas e histórico de acidentes envolvendo veículos pesados.

"A Arteris define o local da área de escape com base em estudos técnicos e estatísticos, sempre após a autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que avalia a necessidade do dispositivo para aumentar a segurança viária em pontos críticos da rodovia”, explicou o diretor-superintendente da Arteris Litoral Sul.

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As áreas de escape têm sinalizações especiais - Arteris/Divulgação

Rapidez na liberação é essencial

Quando um caminhão invade uma área de escape, a concessionária precisa retirá-lo rapidamente. De acordo com a Arteris, já ocorreram situações em que dois veículos acessaram o mesmo trecho de segurança simultaneamente. “Por isso, a concessionária realiza o trabalho de retirada com máxima agilidade para manter o dispositivo disponível”, disse Sass.

O tempo para retirar um veículo da área de escape varia conforme o tipo de ocorrência e o porte do caminhão. Normalmente, a concessionária utiliza um guincho próprio para fazer o trabalho. No trecho do km 667 da BR-116, a equipe responde com mais agilidade porque conta com uma ponte rolante que facilita o içamento dos veículos e libera o espaço mais rapidamente.

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