A Santos Brasil, empresa de operações portuárias e logística, iniciou as atividades com caminhões movidos a gás natural comprimido (GNC) no Porto de Santos. Dessa forma, o terminal de contêineres Tecon Santos tornou-se o primeiro do Brasil a empregar veículos com esse tipo de motorização.
- VEJA MAIS:
- Foton volta a produzir caminhões no Brasil após seis anos
- DAF lança novos caminhões que aceitam até 100% de biodiesel
- Há poucos caminhões a gás à venda, mas combustível é abundante
A empresa investiu R$ 40 milhões para adquirir a nova frota, composta por 35 caminhões Scania P 340 desenvolvidos especificamente para operações portuárias. Os modelos possuem motor de 9 litros com 340 cv de potência e 163,15 mkgf de torque com transmissão automatizada de 14 marchas. Conforme a operadora, os veículos suportam até 78 toneladas de capacidade máxima de tração.
Atualmente, o Tecon Santos conta com 140 caminhões movidos a diesel, que sairão de serviço nos próximos anos à medida que a Santos Brasil avança na transição para opções mais sustentáveis. De acordo com a empresa, o emprego dos caminhões a gás deve gerar uma redução de até 20% nas emissões de CO₂ da operação.
Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil, destacou o ineditismo da parceria com a Santo Brasil. “Essa é a primeira operação portuária do mundo com caminhões Scania a gás. É um avanço relevante para o transporte sustentável e para a maturidade das soluções alternativas ao diesel”, afirmou.
Santos Brasil investe para reduzir emissões de CO₂
Além de adquirir os novos caminhões a gás, a empresa também iniciou a implantação de um posto de abastecimento de GNC dentro do terminar para abastecer a frota. “Queremos operar com mais eficiência e menos impacto ambiental. Além disso, a introdução dos caminhões a gás reforça nosso compromisso com práticas ESG e com o desenvolvimento sustentável do porto”, afirmou Bruno Stupello, diretor de Operações de Terminais Portuários da Santos Brasil.

Essa iniciativa faz parte do plano de transição climática da empresa, que tem como metas reduzir em 70% as emissões diretas e em 30% as indiretas até 2040. Nesse sentido, o projeto integra o programa de modernização e ampliação do Tecon Santos, que deve elevar sua capacidade anual de movimentação de contêineres de 2,6 milhões para 3 milhões até 2026, com investimentos superiores a R$ 2,5 bilhões.
No ano passado, a Santos Brasil também colocou em operação oito guindastes elétricos (RTGs), que já começaram a substituir os modelos a diesel. A mudança reduzirá em 97% as emissões desses equipamentos e evitará a liberação de mais de 700 toneladas de CO₂ por mês.