Notícias

Do monobloco ao elétrico, a evolução dos ônibus da Mercedes-Benz; veja o vídeo

A Mercedes-Benz apresenta três modelos de ônibus que registram a evolução dos veículos que atendem o transporte de passageiros

Andrea Ramos

28 de jan, 2025 · 9 minutos de leitura.

Publicidade

Do monobloco ao chassi, veja a evolução dos ônibus da Mercedes-Benz
Mercedes-Benz
Crédito:Fotos: Mercedes-Benz
Do monobloco ao chassi, veja a evolução dos ônibus da Mercedes-Benz

A Mercedes-Benz lidera as vendas de ônibus no Brasil desde que chegou por aqui, há 69 anos. Dessa forma, a marca também quer conquistar forte presença no mercado com os chassis elétricos.

Nesse sentido, somente em São Paulo, a fabricante da estrela já vendeu mais de 200 ônibus com a tecnologia. Sendo a primeira, entre as fabricantes tradicionais do País, a introduzir o ônibus elétrico eO500U, em 2021.

Para criar todo esse lastro, a história data de 1961. Ou seja, quando a marca apresentou um dos modelos mais topo de linha da época e seu primeiro sucesso em vendas, o O321 HL monobloco. Um ônibus rodoviário cheio de luxo e conforto a bordo. E que registra a tradição dos ônibus Mercedes-Benz, bem como a evolução dos veículos da marca.


Publicidade

VEJA TAMBÉM
Mercedes-Benz eSprinter elétrica tem preço competitivo e boa autonomia; veja o vídeo
Ricardo Alouche, da VWCO, diz que 2025 será difícil, mas positivo
Problemas de saúde mental estão ligados a 30% dos acidentes em estradas

De volta ao passado

O O321 HL (H de motor traseiro e L de veículo longo) tinha motor mais potente da marca. Um Mercedes-Benz de 5,1 litros, seis-cilindros e 120 cv de potência, com velocidade máxima de 60 km/h.

Era combinado a uma transmissão de cinco marchas e freio motor com três etapas de frenagem. Mas com conceito de descer engrenado para evitar o super aquecimento. Além disso, a distância entre os eixos era de 4.180 mm e o PBT de 10 t. Assim, podendo transportar 36 passageiros.


Tecnicamente, colaborava com a boa performance do veículo na estrada a suspensão metálica com feixes de mola debaixo do eixo. Vale lembrar que na época era comum a fabricante produzir todo o ônibus. Ou seja, chassi e carroceria. Por isso o conceito monobloco.

Todavia, o destaque estava no nível do acabamento do salão. A Mercedes-Benz levou o alto padrão dos automóveis para aquele ônibus. Por isso, o veículo era apto para viajar por todo território nacional, já que tinha bagageiros por toda a extensão do salão.

As poltronas inteiriças e largas para o padrão da época, produzidas de couro em tons bege e marrom, elevavam o nível de acabamento e conforto a bordo. Por tudo isso, o ônibus da Mercedes-Benz começou a atrair o mercado de fretamento.


Um chassi urbano que herda só o motor traseiro

Outro sucesso da marca chegou anos mais tarde. Trata-se do O500U, o ônibus mais popular da Mercedes-Benz nas grandes capitais e que já coleciona mais de 15 mil unidades emplacadas no País. Em volume, a família OF é a mais vendida no transporte de passageiros. Sobretudo nas regiões mais interioranas. Já que encara o desafio de estradas mal pavimentadas.

Mas na versão Padron com pegada bem urbana, o O500U é o preferido. O modelo transporta de 80 a 90 passageiros pelas capitais. Mas graças às suas variadas versões, o Mercedes-Benz O500U está presente praticamente em todas as garagens dos principais frotistas que atuam no transporte público. Afinal, conta com opções articuladas, biarticuladas, super Padron de 14 metros, entre outras.


Porém, na sua versão mais popular de 13,2 metros, o chassi conta com motor traseiro OM 926 LA, de seis-cilindros e 7,2 litros, de 286 cv de potência e 112 mkgf de torque. Assim, esse motor pode ser combinado a uma transmissão ZF de seis velocidades ou Voith de quatro marchas, ambas automáticas.

Na segurança, o veículo é de série com freio-motor top-brake do tipo borboleta combinado ao retarder. O que eleva para mais de 1.000 cv a capacidade de frenagem.

A suspensão pneumática é de série. E conta com sistema de rebaixamento lateral. Assim, entrega conforto e segurança aos passageiros durante o embarque e desembarque, além de mais agilidade.


Seja como for, por causa da sua popularidade e atributos é que a Mercedes-Benz elegeu o O500U como base para desenvolver o elétrico eO500U.

O chassi elétrico da Mercedes-Benz

Mas, embora compartilhem o mesmo chassi, a versão elétrica traz mudanças na arquitetura eletrônica. Além disso, seu eixo dianteiro suporta até 8,2 toneladas, por causa do aumento do peso bruto total (PBT) de 21 t, para receber o peso das baterias. Na versão diese, por foça de lei o eixo dianteiro é de 6 t.

De acordo com a Mercedes-Benz, isso não reduziu a capacidade de transporte de passageiros. Podendo levar em torno de 83 pessoas se o ônibus tiver cinco pacotes de baterias. Nessa configuração, duas baterias ficam armazenadas na parte traseira. E o restante instalada no teto.


Todavia, o cliente elege quantas baterias atende a sua operação, em autonomia e quantidade de passageiros. Se o cliente optar por seis pacotes de baterias, o número de passageiros é reduzido para 75. Porém, nesse caso a autonomia chega a 300 km.

A bateria é da Akasol, BorgWarner, fabricada na Alemanha. Porém, montada na fábrica de Piracicaba, interior paulista.

Para a operação da SPTrans, da capital paulista, para onde as 200 unidades foram vendidas, os novos ônibus são configurados com autonomia de 250 km. Ou seja, com cinco pacotes de baterias.


Uma particularidade do modelo é o sistema de ar-condicionado desenvolvido pela Mercedes-Benz e Valeo. Com o objetivo de reduzir o consumo de energia, sem perda de eficiência, o dispositivo precisa de apenas 1,4 kWh de energia. No caso do convencional, o consumo gira em torno de 1,7kWh.

Seu motor elétrico desenvolve potência 340 cv e torque de quase 100 mkgf. Ou seja, resultado da soma de dois motores elétricos instalados em cada cubo de roda do eixo traseiro.

Siga o Estradão no Instagram!


Deixe sua opinião