Cerca de 600 ônibus elétricos registrados na França nunca existiram. O jornal francês Le Monde descobriu a fraude após conduzir uma investigação sobre o caso de corrupção. De acordo com a publicação, os autores do golpe exploraram brechas no sistema de registro para obter subsídios destinados à compra de veículos elétricos.
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A investigação revelou que a fraude ocorreu entre novembro de 2022 e janeiro de 2023. Nesse ínterim, o número de registros de ônibus elétricos na França aumentou de 50 unidades para 300 por mês. Naquele momento, o governo francês tinha lançado a iniciativa “France Relance”, um pacote de incentivos para a compra de ônibus elétricos, visando impulsionar a economia após a pandemia.
Conforme a publicação, o governo francês destinou 100 milhões de euros ao programa de incentivo, oferecendo até 30.000 euros por ônibus elétrico colocado em circulação. Outra fonte que investigou o escândalo, o portal Transbus, identificou 504 ônibus elétricos registrados em nome de mais de 120 proprietários diferentes.
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Para obter o subsídio, os candidatos precisavam preencher um formulário e anexar documentos, como o certificado de matrícula do veículo adquirido, cópias da fatura e da nota de encomenda. Os solicitantes enviavam esses documentos para a Agência Estatal de Serviços e Pagamentos (ASP) da França, que efetuava o pagamento do auxílio após receber as informações.
Fraude gerou prejuízo milionário ao governo francês
O Ministério do Meio Ambiente francês, responsável por autorizar os auxílios para a compra de ônibus elétricos, reconheceu ao Le Monde que a fraude ocorreu. No entanto, segundo a publicação, o governo afirmou ter agido a tempo para conter o golpe. Seja como for, Paris informou que as irregularidades no programa de incentivo causaram um prejuízo de 12 milhões de euros.
