A Volvo Caminhões estuda trazer caminhões movidos a GNL (gás natural liquefeito) para o mercado brasileiro. No entanto, para a montadora sueca, o Brasil ainda precisa avançar no desenvolvimento da infraestrutura de abastecimento desse tipo de veículo. Em 2013, a marca testou essa tecnologia no País, mas a operação não avançou.
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“Agora, estamos conversando com fornecedores e percebendo que a cadeia de abastecimento de GNL está crescendo. Da mesma forma, notamos o interesse de empresários de transporte no gás líquido”, afirma o gerente comercial da Volvo, Clovis Lopes.
O executivo confirmou ao Estradão o interesse da fabricante em oferecer um caminhão a gás no Brasil, mas destacou que isso depende de uma rede de abastecimento de GNL estabelecida. Na Europa, a Volvo oferece os modelos FH e FM com motores a gás.
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Motor Volvo GNL
A Volvo utiliza a tecnologia GNL, pois o motor não segue o ciclo Otto, mas sim o diesel. Ou seja, o motor a gás requer diesel para iniciar a combustão.
Dessa forma, os modelos Volvo FH e FM movidos a GNL ou biogás operam com motores a gás que utilizam a tecnologia de ciclo Diesel (combustão pela compressão do ar).
De acordo com a montadora, isso garante ao operador um desempenho equivalente ao do motor diesel e ainda oferece economia de combustível. Na Europa, a fabricante dispõe de opções a gás com 460 cv e torque de 234 mkgf, enquanto a versão de 420 cv gera 214 mkgf, igualando-se aos números de caminhões com motores diesel.
O gerente comercial acredita que a entrada de caminhões a gás de outras marcas, como Scania e Iveco, estimulará a criação de uma rede de abastecimento de gás pelo País, ainda que inicialmente para GNV.
Para Volvo, Brasil terá múltiplas tecnologias de propulsão
Na visão da Volvo, o Brasil deve adotar pelo menos quatro tecnologias de propulsão nos próximos anos. No diesel, a tendência é aumentar a proporção de biodiesel.
A Volvo já oferece caminhões B100, com 100% de biodiesel, mediante consulta. Pelo menos quatro clientes, incluindo a Amaggi, já adquiriram esses caminhões.
A marca também fomenta o uso de caminhões elétricos pesados no País, com 20 unidades do FM Electric em operação por meio de locação. Além disso, a Volvo vê o gás, incluindo o GNL, como uma solução promissora, especialmente pela autonomia elevada com tanque semelhante ao dos caminhões a diesel.