A Scania renovou sua gama de caminhões semipesados. Até então, a marca oferecia o P 250 com motor de 7 litros. Entre as novidades está a versão P 280, que também tem motor 7.0, mas com 280 cv de potência. Ou seja, o novo propulsor substitui o 9.0 de 280 cv.
Com isso, a gama de semipesados da Scania passa a ficar assim: P 250 4x2 e P 280 6x2, ambos com o motor DC07 de 7 litros. Bem com os modelos P 320 8x2 e P 360 6x2, 6x4 e 8x2, que continuam sendo vendidos com o DC09 de 9 litros. No caso do motor de 250 cv, o torque é de 112 mkgf. Por sua vez, o de 280 cv gera 122,4 mkgf. Por sua vez, os motores de 320 cv e 360 cv produzem, respectivamente, 163 mkgf e 173 mkgf.
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Seja como for, a linha tem transmissão G25 automatizada de 14 marchas. Trata-se da mesma caixa do caminhão pesado 460 R Super. Porém, na linha semipesada há a última marcha do tipo overdrive. Ou seja, em velocidade de cruzeiro em estradas, por exemplo, há redução do consumo de diesel.
P 280 tem suspensão pneumática
Segundo a Scania, outra vantagem do P 280 6x2 é a suspensão pneumática traseira. Como o caminhão é muito utilizado em operações de transporte de carga industrial, isso facilita o ajuste da altura do implemento em docas, por exemplo. Assim, permite agilidade durante a carga e descarga.
De acordo com a marca sueca, a combinação do novo motor de 7 litros com a suspensão a ar garantiram redução de 600 kg na tara. Como resultado, houve aumento de 7% na capacidade de carga. Além disso, o modelo tem eixo R 660, com longarinas simples e relação de diferencial de 3,42:1. O peso bruto total (PBT) é de 25,7 toneladas e a capacidade máxima de tração, de 44 t.
P 280 tem versão para construção civil
De olho no mercado de construção que vem crescendo no País, a Scania também lançou a versão do P 280 XT com a novidade do motor de 7 litros e caixa G 25 para atuar no segmento da construção civil. Ou seja, chamado de Light Construction o modelo conta com tração 6x4, PBT de 28,5 t e CMT de 150 t.
Conforme o gerente de vendas de soluções off-road da Scania, Luciano Piccirillo, o caminhão traçado pode operar com caçamba de 14 m³, munk e implementos do tipo roll-on e roll-out, bem como bomba de concreto, caminhão pipa.
Todavia, apesar de a construção civil ser o mercado potencial para o novo modelo, o P 280 XT pode atender uma operação de suporte. Como mineração, cana de açúcar, bem como servir como um caminhão oficina.
Além disso, o caminhão 6x4, diferente do irmão destinado às atividades regionais, traz longarinas duplas para suportar a operação mais pesada e suspensão a mola. O eixo traseiro também com redutor nos cubos. Trata-se do RB835, o mesmo que a Scania atua em outras atividades fora de estrada, como cana e madeira.
De acordo com Piccirillo, o mercado de construção leve vai crescer em torno de 3% este ano no Brasil. E a projeção é de em 2025 crescer mais 3%. Portanto, a Scania não quer ficar de fora dessa fatia do mercado.
“O Brasil está crescendo, portanto, precisa de infraestrutura. E a Scania precisa participar disso. E nessa faixa de potência, a gente não estava participando. Esse segmento vende por ano em média 10 mil caminhões dentro da faixa de potência de 230 cv a 360 cv. E a Scania só oferecia o P 360”.
Conforme o gerente de vendas, o P 360 de litros até então o único modelo que a Scania participa no segmento, vende em média por ano em torno de 500 unidades. O que lhe garante 5% de participação.
