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Volvo valida seus caminhões pesados elétricos no Brasil

Com FM Electric rodando nas operações logística da fábrica, Volvo ajuda a validar estudo que visa adicionar 2 t de capacidade no eixo dianteiro do caminhão elétrico

Redação

24 de set, 2024 · 6 minutos de leitura.

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Volvo valida seus caminhões pesados elétricos na logística da fábrica no Brasil
FM Electric
Crédito:Volvo/Divulgação
Volvo valida seus caminhões pesados elétricos na logística da fábrica no Brasil

A Volvo deu início ao uso, em caráter experimental, dos seus FM elétricos na logística de seu complexo industrial em Curitiba (PR). A operação colabora com a nova fase do estudo conjunto com a Secretaria Nacional do Trânsito (Senatran) sobre distribuição de carga nos eixos de caminhões elétricos.

Nesse sentido, conforme publicado pelo Estradão, o Senatran estuda adicionar 2t de peso no eixo dianteiro dos caminhões elétrios. Dessa forma, os modelos não perdem competitividade relacionada à capacidade de carga, frente aos modelos com motor a diesel.

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Seja como for, o Volvo FM Electric opera no abastecimento de diversos componentes nas linhas de produção. Do ponto de vista da descarbonização, a iniciativa traz a redução de 738 toneladas de emissões de CO2 por ano.

Realizada pelas transportadoras Ritmo Logística e TLog, a operação conta com 10 caminhões Volvo FM Electric. E os modelos rodam em rotas diversas no Paraná e Santa Catarina até a fábrica da Volvo em Curitiba.

“Estamos conciliando nossa contribuição para esse estudo conjunto com a Senatran. Com as metas de descarbonizar nossas próprias operações de transporte”, afirma o diretor de estratégia e planejamento de produto caminhões da Volvo, Alan Holzmann.


FM Electric vai rodar 380 km

Os caminhões FM Electric que abastecem a produção da Volvo rodam até 380 quilômetros por dia, em diversas viagens de ida e vinda entre os fornecedores e a fábrica. Assim, a recarga das baterias é feita nos intervalos e após a jornada diária.

“Além de ajudar nossos clientes na descarbonização de suas frotas, temos a meta de reduzir emissões em nossas próprias operações industriais e de transporte, chegando a zero CO2 em 2040. O uso de caminhões pesados elétricos é parte importante dessa iniciativa”, diz a diretora de operações de transporte de manufatura da Volvo, Bettina Konig.

Volvo valida seus caminhões pesados elétricos na logística da fábrica no Brasil
A operação vai contar com 10 caminhões que vão transportar chassi até a linha de produção - Volvo/Divulgação

Dentre os componentes transportados estão os quadros de chassi dos ônibus e caminhões que são deixados pelos caminhões diretamente na linha de produção diversas vezes ao dia, nos dois turnos de atividade da planta. O sistema funciona em Just In Time, um regime de gestão que encaixa as peças de acordo com a demanda diária.

No Brasil, o modelo elétrico da Volvo conta com 50 tde CMT, com potência de 490 kW (660 cv). Seu carregamento total pode ser feito de 1h30 até 8 horas, dependendo do tipo de carregador. Além disso, traz suspensão a ar em todos os eixos, freios de regeneração, vários dispositivos de segurança e reduzido nível de ruído.

Ademais, o veículo se ajusta a uma série de operações, desde o transporte de produtos industrializados, bem como cargas refrigeradas, alimentos e bebidas. Assim como o transporte de bens de consumo e hortifrutigranjeiros. Podendo ser implementado com baú ou sider, em carretas de dois ou três eixos.


Jornada sustentável na fábrica brasileira da Volvo

Todavia, vale lembrar que a eletrificação do fluxo logístico de peças é mais um marco na jornada de sustentabilidade da Volvo em suas operações no Brasil. Toda a energia da fábrica de Curitiba se origina de fontes 100% renováveis. Além disso, há mais de 15 anos todos os resíduos são destinados de forma circular. Ou seja, mais de 50 mil toneladas deixaram de seguir para aterro desde 2008. 

Do mesmo modo, mais recentemente, a Volvo, pioneira, deu início à introdução do abastecimento de seus veículos na fábrica com o Diesel Verde R5. A medida que poupa a emissão de 400 toneladas anuais de CO2 na planta. Nos últimos cinco anos, houve redução de 30% nas emissões por veículo produzido em Curitiba. 

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