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Motores diesel protagonizaram no IAA 2024, segundo a Scania

A Scania mostra soluções de descarbonização como dois caminhões elétricos, mas também aposta nos motores diesel mais eficientes e no gás

Andrea Ramos

23 de set, 2024 · 7 minutos de leitura.

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Motores diesel também protagonizam no IAA 2024, segundo a Scania
scania
Crédito:Scania/Divulgação
Motores diesel também protagonizam no IAA 2024, segundo a Scania

No IAA Transportation, que ocorreu semana passada em Hannover, Alemanha, a Scania mostrou sua gama versátil de caminhões pesados​. Ou seja, modelos elétricos a bateria e motores diesel e a gás. Como novidade, a Scania apresentou também sua cabine com o novo painel Smart Dash, que chega nos caminhões brasileiros a partir da Fenatran. O evento de transporte que acontece de 4 a 8 de novembro no São Paulo Expo.

Seja como for, segundo o gerente de engenharia de aplicações da Scania, Ivanovik Marx, nesta edição do IAA muitos fabricantes marcaram presença no evento com veículos diesel. Vale lembrar que na edição passada, a presença de alguns fabricantes foi marcada por estandes completamente livres de motores térmicos.

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Motor diesel protagoniza

Conforme o executivo da Scania, a realidade dessa edição está bem em linha com o fato de que o diesel ainda será o combustível principal no transporte. Além disso, mostra que as tecnologias de descarbonização, como as elétricas, ainda são caras, mesmo para o empresário europeu.

Do mesmo modo, a infraestrutura, sobretudo para veículos de longo curso, ainda é um desafio. Mesmo para os países mais desenvolvidos.

“A feira reitera que o futuro do transporte é cada vez mais eclético. Algo que a Scania fala há muito tempo. Ou seja, na aposta de soluções que melhor se adequam à operação do cliente, bem como ao nível de investimento e na disponibilidade de energia, gás e até mesmo o diesel”, explica Marx.


Diversificação de tecnologias

Motores diesel também protagonizam no IAA 2024, segundo a Scania
Scania mostra nova geração de caminhões elétricos a bateria na Europa - Scania/Divulgação

Ainda de acordo com o executivo, a edição 2024 da Fenatran também deve ir nessa linha da diversificação de tecnologias. No IAA, o destaque foi para o motor Super 460 R que ganhou o prêmio alemão Efficiency Green Truck por fazer 4,2 km/l na versão 4x2. Com isso, a tendência é cada vez mais melhorar a eficiência dos motores térmicos.

Além disso, na feira internacional a Scania fez a estreia da caixa G 38 para o motor V8 de 16 litros. Ou seja, transmissão originada da mesma família G 25 e G 33 que equipa os caminhões da linha Super de 13 litros.


Todavia, Ivanovik não revelou quando a nova caixa chega ao Brasil para os motores de 660 cv e 770 cv. Já que na Europa a novidade começa a ser vendida a partir de janeiro de 2025.

Os novos caminhões elétricos da marca do grifo contam agora com motor com torque entre 3 000 e 4 000 rpm. Como resultado, não precisam de grandes quantidades de trocas de marcha. Nesse caso, os modelos passam a oferecer transmissão de apenas 4 marchas.

A solução a gás na Europa e no Brasil

Na Europa, o novo caminhão de 13 litros a biogás da Scania oferece aos clientes a opção do motor com gás comprimido e liquefeito. Sendo este último com alcance de até 1.800 quilômetros. Por lá, os modelos foram apresentados com a cabine R porque a legislação no velho continente permite rodar com veículos mais pesados.


No Brasil, a marca optou por oferecer a cabine G que, por ser mais leve, oferece ao transportador mais capacidade de carga. Essa gama é oferecida com motores de 420 e 460 cv.

Ainda dentro da estratégia de ofertas de soluções, os caminhões contam com a caixa do motor Super. O que favorece a eficiência. Nesse sentido, os caminhões contam com autonomia de até 650 km no gás comprimido.

Nesse sentido, na Europa, Ivanovik diz que graças à união dos fabricantes que oferecem a solução a gás, foi possível fomentar uma rede com pontos de abastecimento. Dessa forma, com a chegada de mais um player no Brasil oferecendo a solução a gás, caso da Iveco, o gerente da Scania acha que será possível avançar na rede de abastecimento. Do mesmo modo, no velho continente isso ocorreu com o elétrico, possibilitando cerca de 1,7 mil pontos de recarga.


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