O caminhão Diamond T 730C foi lançado em 1957. A fabricante, Diamond T Company, produzia automóveis e caminhões, desde 1905 na cidade de Chicago, nos Estados Unidos. O modelo, originalmente, ganhou motor a gasolina RD450 de 7,5 litros. Ou seja, um seis-cilindros em linha com potência de 202 cv. Produzido pela International Harvester.
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Ocorre que já para os padrões da época, o motor se tornou insuficiente em termos de potência e torque para um caminhão do porte do T 730C. Em outras palavras, motores a gasolina não contam o mesmo desempenho em veículos de carga. Como ocorre com o motor diesel. Então, a criatividade entrou em cena.
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Um proprietário desse clássico, o empresário de transporte de grãos de Illinois, Frank Gripp, percebeu que para a sua operação ser mais rentável, o caminhão precisava ganhar força. Mas sem muitos recursos para comprar um novo veículo, resolveu investir no aumento da potência do veículo.
Quando o Diamond T 730C se torna exclusivo
Dessa forma, encontrou uma solução bem caseira. O empresário decidiu instalar um segundo motor no caminhão. Para isso, esticou a parte frontal da cabine. Mas só na grade.
O empresário instalou o novo motor na frente do original. Tratava-se de um Wisconsin V4 refrigerado a ar na época equipado no Jeep. Para garantir o resultado esperado, foi conectando os virabrequins de ambas as unidades. Contudo, não deu certo. Os motores juntos ainda não conseguiram atingir o desempenho necessário em termos de torque.
Foi aí que o empresário optou por um motor General Motors V8 de quase 5 litros, com 250 cv e 46 mkgf de torque. Esse motor era equipado no Buick Skylark.
Seja como for, o novo propulsor garantiu o número de rotações e quantidade de torque necessários para o caminhão. Todavia, um eixo de transmissão adicionado à mecânica do motor original por meio de uma polia conectou todo o sistema.
Na primeira viagem o empresário percebeu a diferença na direção. O caminhão carregado com trigo seguiu para a Iowa. E, conforme Frank Gripp informou na época, ficou muito mais fácil ultrapassar os caminhões na Interestadual 80. A embreagem do Diamond T devido à potência extra foi substituída por uma com molas mais fortes.
A transmissão de três marchas
Outra novidade foi a instalação de uma transmissão automática de 3 velocidades, herdada do mesmo Buick ao qual pertencia o motor da GM. Essa transmissão, junto a um conversor binário, controlava ambos os motores. Dependendo da rota, essa caixa pulava marchas.
A desvantagem era operar o caminhão vazio, por causa da potência e torque excessivos. Seja como for, esse caminhão apelidado de Pinóquio, por causa da extensão da cabine, operou por mais de 10 anos, até 1975.
Todavia, nos anos 1990, a Adams Transit, transportadora norte-americana, comprou e restaurou o modelo. E o manteve na frota até meados dos anos 2000. Depois o modelo foi leiloado. E até onde se sabe ele fica em algum museu particular nos Estados Unidos.