O Mercedes-Benz Actros 2651 se mostra como mais um candidato a entrar para a galeria dos mais vendidos da marca, ao lado de exemplos que fizeram história no mercado, como o L1113 e L1620.
O pesado rodoviário da fabricante, em sua versão 6x4, encerrou o primeiro semestre como o mais vendido da companhia. No período foram entregues pouco mais de 2 mil unidades, volume que além de representar um crescimento de 76% na comparação com o apurado há um ano, de quase 1,2 mil licenciamentos, participou com 14,8% do total vendido pela Mercedes-Benz nos seis primeiros meses, de 14 mil caminhões.
O modelo se revela como o principal motor nas vendas de pesados da marca. Neste recorte, a Mercedes-Benz entregou no primeiro semestre perto de 7,1 mil caminhões. Além do desempenho colocar a empresa na liderança na categoria, 30% do volume foram de Actros 2651 6x4.
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“O Actros é o caminhão que o cliente pediu, que traz as novidades esperadas por transportadores e motoristas, com o melhor custo operacional, mais robustez e mais conforto”, justifica Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz. “E nossos clientes nos dão a melhor resposta, que é a preferência crescente.”
Pode se dizer sem exageros que o Actros renasceu no Brasil. O caminhão chegou ao País em 2008 como a principal razão para a fábrica de Juiz de Fora desempenhar novo papel estratégico na empresa. A unidade, inicialmente construída nos anos 90 para produção do Classe A, foi completamente readequada para receber caminhões.
O Actros, no entanto, carregava grande quantidade de conteúdo importado, o que dificultava financiamentos via Finame, além de ter motor V6, pouco econômico em relação a outras opções no mercado. Na época, não fez festa tampouco tirou mercado da concorrência.
Começava então um profundo trabalho de engenharia para tornar o Actros mais brasileiro que alemão. Ao longo dos anos, dentre diversas mudanças, a empresa simplificou sistemas, como adoção de freio a tambor em vez discos, introduziu novo motor, agora o seis cilindros em linha OM 460 com até 510 cv, e reformulou a cabine, mais adequada ao biotipo do brasileiro.
As alterações trouxeram o modelo para mais próximo da realidade do transporte de carga do País e, como agora mostram os números, os esforços deram resultado.
“Em passado recente, o Actros não era nem cogitado pelo transportador para ser utilizado na transferência da safra de grãos”, já disse Leoncini em algumas ocasiões. “Hoje a realidade é outra. Caminhoneiro faz outro discurso, no qual valoriza desempenho e boa média de consumo.”
A gama Actros é composta pelos modelos rodoviários 2651 6x4, 2646 6x4 e 2546 6x2. Mas tem também versões específicas como o 4160 SLT 8x8, para transporte de carga indivisíveis, e 4844 8x4, para aplicações fora de estrada.