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Euro 7 é inviável para 2025, diz CEO da Iveco

O executivo diz não haver tempo nem recursos para desenvolver soluções que atendam as normas do Euro 7, cuja entrada em vigor está marcada para 2025

Aline Feltrin

14 de abr, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Euro 7
Para o CEO da Iveco, Gerrit Marx, Euro 7 é inviável tecnicamente e poderá gerar custos muito altos
Crédito:REUTERS/Daniele Mascolo

O Euro 7, próxima fase do programa de emissões de poluentes por veículos pesados na Europa, é inviável. Pelo menos no prazo definido pelos países do continente. Ou seja, 2025. É o que diz o CEO do Grupo Iveco, Gerrit Marx. De acordo com publicação feita pela agência Reuters, o executivo acredita que os esforços para atender as novas regras são enormes. Portanto, exigirão investimentos que vão inviabilizar a entrada em vigor no prazo previsto inicialmente.

Conforme Marx, além disso, o processo é muito longo e complexo. Isso porque, paralelamente ao desenvolvimento de soluções para os motores a combustão, indústria trabalha para acelerar a eletrificação de caminhões. Além disso, diz ele, ainda não há coordenação ou políticas industriais e ambientais coerentes.

Iveco tem pareceria com a Nikola em caminhão com sistema de propulsão a hidrogênio; Foto: Iveco

Segundo o executivo, o padrão Euro 7 é um "absurdo". Porém, ele afirma que não está se referindo aos objetivos de redução de emissões, mas ao prazo de desenvolvimento. De acordo com Marx, isso só é viável no caso de motores menores, para veículos leves. Porém. "Não é correto um prazo tão apertado para a indústria desenvolver a tecnologia para veículos pesados. Principalmente, porque isso ocorre paralelamente ao nosso compromisso de zerar às emissões”, diz.

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Hidrogênio seria alternativa para Euro 7

Conforme o executivo, a Comissão Europeia terá de abrir mão de alguma de suas metas. “Ou vamos continuar investindo no desenvolvimento de motores a combustão ou focamos nos totalmente elétricos”, afirma. Assim, ele se refere ao órgão que representa os países do bloco e define o que deve ser feito.

De acordo com o CEO da Iveco, apostar no hidrogênio é a única forma de garantir a redução de emissões do setor de transporte nos patamares propostos pela Comissão Europeia. Pela regra, a meta é reduzir em 90% as emissões de CO2 até 2040. Ou seja, em relação aos índices de 2019.


Evidentemente, Marx aproveita a notoriedade para puxar a brasa para sua sardinha. Afinal, a Iveco já trabalha no desenvolvimento de sistemas de propulsão a hidrogênio. De acordo com ele, esse tipo de solução seria mais eficaz do que o Euro 7. Em 2022, a marca levou ao IAA, maior salão do setor de transportes do mundo, um caminhão a hidrogênio feito em parceria com a norte-americana Nikola.

Além disso, ele apregoa que uso de hidrogênio é mais barato do que o de veículos elétricos com baterias. Vale lembrar que isso pode ser verdade no caso da Europa. Isso porque a eletricidade gerada nos países do continente vêm de fontes como usinas térmicas e nucleares, por exemplo.

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