Pouco menos de dois meses para encerrar o ano, a produção de caminhões até outubro avançou 30,6%, para 88.112 unidades montadas contra 67.442 veículos produzidos nos mesmos dez meses do ano passado, de acordo com os números consolidados pela Anfavea, a associação que representa os fabricantes.
Com exceção da produção de semileve, que aponta uma queda de 25,5% no acumulado até outubro, com 1.626 unidades montadas, todas as outras categorias experimentam crescimento, especialmente a de pesados. No caso dessa classe de veículo, a alta é de 51,8%, com 39.626 caminhões produzidos de janeiro a outubro, o que representou 45% de todo o volume produzido até o décimo mês do ano.
“O agronegócio se apresenta como o maior motor no crescimento das vendas e, consequentemente, da produção”, resume Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea e diretor para assuntos governamentais para a América Latina da Scania. “Vale lembrar que a base do ano passado é baixa, mas que também revela potencial de crescimento. Despois os pesados se mostram como indicadores macroeconômicos, indicando que a economia do País está em aquecimento.”
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Somente em outubro, saíram das linhas de montagem 10.858 caminhões, altas de 19,1% sobre setembro e de 31,8% em relação ao mesmo mês de 2017, quando foram produzidas 8.241 unidades.
O desempenho positivo registrado no chão de fábrica vem basicamente do mercado interno. As dificuldades econômicas na Argentina, o principal comprador dos produtos brasileiros, começam prejudicar as exportações. Em outubro, as 1.731 unidades enviadas para fora representaram uma queda de 26,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as remessas somaram 2.348 caminhões.
No acumulado do ano, a retração é de 6,6%, com 22.195 caminhões exportados contra 23.770 embarcados há um ano.