A venda de implementos rodoviários no Brasil deve cair 9,5% em 2023, para 140 mil unidades. De acordo com dados da Anfir, associação que reúne as fabricantes do setor, em 2022 foram 154.744. As vendas só não devem cair mais por causa da safra de soja. Segundo estimativas de especialistas, o País vai colher 154,7 milhões de toneladas dessa leguminosa.
Justamente por isso, os reboques e semirreboques devem ser os protagonistas. Ou seja, trata-se dos implementos rodoviários mais utilizados no transporte de grãos. Além disso, o setor de construção civil também deve continuar aquecido. Conforme a Anfir, 75 mil implementos pesados e 65 mil leves devem ser vendidos em 2023.
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Portanto, se o número se confirmar, será o segundo ano seguido de queda. Isso porque, em 2021, foram vendidos 162.674 implementos rodoviários no Brasil. Segundo o presidente da Anfir, José Carlos Spricigo, mesmo com a queda o faturamento do setor deve crescer. Isso porque são equipamentos de maior valor agregado. É o caso das carretas com quarto eixo.
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As exportações de implementos rodoviários também devem garantir fôlego às fabricantes. De acordo com Spricigo, há várias negociações com outros países em andamento. "E deverão ocorrer com mais frequência”, diz o executivo.
Vendas tímidas em janeiro
Seja como for, em janeiro as vendas de implementos rodoviários ficaram estáveis. De acordo com a Anfir, neste ano foram emplacadas 11.657 unidades e em janeiro de 2022, foram 11.661. Spricigo lembra ainda que nos próximos meses as fabricantes começam a entregar os produtos vendidos durante a Fenatran. "Isso vai contribuir com o desempenho da indústria”, afirma.
Durante a feira, que ocorreu de 7 a 11 de novembro, em São Paulo, o setor de implementos rodoviários faturou R$ 3,5 bilhões. No evento, considerado como o maior salão de transportes da América Latina, 50 empresas expuseram seus produtos.