Balanço mais recente do desempenho do sistema de consórcio consolidado pela Abac, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio, referentes ao acumulado até agosto de 2018, revela crescente demanda por novas cotas no segmento de veículos pesados, o que inclui caminhões, ônibus, tratores, implementos agrícolas e rodoviários.
De janeiro a agosto, foram apuradas 43,1 mil cotas negociadas, alta 22,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram computadas 35,1 mil cotas vendidas. Nos mesmos oito primeiros meses do ano, o volume de crédito pago ao segmento de pesados cresceu 12,5%, de R$ 2,7 bilhões, em 2017, para R$ 3,14 bilhões, em 2018.
De acordo com Paulo Rossi, presidente da Abac, os pesados representaram o segmento com o terceiro melhor desempenho no sistema até agora, com tíquete médio expressivo por cota, alcançando R$ 153.200 em agosto passado. “No ano passado, o sistema de consórcio participou com 3,1% do PIB. Ou seja, é uma modalidade importante até mesmo para alavancar as atividades econômicas.”
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Para transportador, o consórcio se apresenta como uma ferramenta de planejamento, especialmente para manter em constante renovação a frota de veículos. “Cliente não quer ouvir mais desculpa de que não recebeu a carga porque o caminhão ficou parado na estrada”, diz Flávio Morais, diretor comercial da D’Granel Transportes, de Minas Gerais. “A modalidade é uma maneira de trocar manutenção por prestação. Com idade frota reduzida, a chance reter motorista também é maior, porque dá mais conforto e segurança.”
“Um dos objetivos principais do consórcio no segmento de transportes é a possibilidade de renovação e ampliação de frotas com um custo adequado”, reforça o presidente da Abac em relação ao que diz o diretor da D’Granel. “De forma planejada, é um aliado na manutenção de uma frota atualizada, com redução de despesas de manutenção, bem como da possibilidade de cumprimento de limites de idade de veículos estabelecidos em contratos.”
Quase todas as fabricantes de caminhões, por meio de seus serviços financeiros, têm ofertas de grupos de consórcio. O da Volvo acaba de completar 25 anos desde que foi criado no País, em 1993, junto com o VFS, Volvo Financial Services.
Hoje, o braço financeiro do Grupo Volvo é responsável por 40% das vendas da marca, ou seja, de cada dez produtos entregues, quatro deles são originados por negociações com o banco da fabricante. A modalidade consórcio, inserida na carteira de ofertas, já responde por 5%. E em crescimento.
Ruy Meirelles, presidente da VFS Brasil, não quantifica a expansão, mas já vê “clientes fazendo compras de cotas simultâneas, de caminhões e de veículos da linha amarela (máquinas rodoviárias), por exemplo, especialmente no agronegócio”.
De acordo com a montadora de Curitiba (PR), ao longo dos 25 anos de oferta do sistema de consórcio, a empresa acumula 51 mil contas vendidas, 23 mil contemplações e R$ 5 bilhões em cartas de crédito pagas.
“Nos últimos três anos a média é de R$ 900 milhões ao ano em novas vendas de crédito. Atualmente, temos 10 mil cotas ativas”, contabiliza Valter Viapiana, diretor comercial de financiamentos e consórcio da VFS. “Da carteira de consórcio da Volvo, 40% se transforma em caminhão, seja ele seminovo ou 0 km. O usado, aliás, pode servir como lance para adquirir um novo.”
App – Para comemorar os 25 anos de Consórcio Volvo, a VFS lançou aplicativo para celulares e tablets a fim de facilitar a vida do seu consorciado. Por meio ele, o cliente pode gerar boletos, visualizar extratos com todas informações da conta, como movimentações, parcelas pagas, saldo devedor, datas e valor do crédito, assistir às assembleias ao vivo e até mesmo a possibilidade de fazer lances.