A SVD Transportes leva caminhões das fábricas para as concessionárias. Atualmente, a empresa opera com as marcas DAF, Iveco, Mercedes-Benz, Scania e Volvo. Bem como entrega máquinas agrícolas da New Holland, tanto no Brasil quanto no Mercosul.
Assim, além de levar os pesados recém saídos de fábricas para as revendas, a empresa também se especializou na entrega direta ao cliente. A SVD vai às empresas dos clientes, assim como dá a opção de o transportador retirar o veículo em Curitiba, PR, onde fica sua sede.
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Na segunda opção, o cliente tem a vantagem de receber a entrega técnica. Em outras palavras, um pequeno treinamento sobre como operar o veículo e suas tecnologias. Ademais, se tiver algum acessório faltado no caminhão, o cliente consegue adquirir o item por meio da SVD Acessórios, outro braço da companhia. Seja como for, com o "know-how" adquirido ao longo de 21 anos de operação, a SVD cresceu e transporta 40% de todos os caminhões vendidos no Brasil.
O negócio de usados
Com isso, entrar para o negócio de usados foi questão de tempo. Em 2016, a SVD viu a sua operação de transporte cair fortemente. Por causa da crise econômica e política, as vendas de caminhões despencaram e, então, atingiram o principal negócio da transportadora. Só em 2019 que veio a ideia de montar a loja de seminovos.
Durante a Fenatran daquele ano, a empresa fez uma grande renovação de frota. Com isso, teve de vender os caminhões que usava, com idade média de 3 anos. Daí surgiu a ideia de se firmar como revendedora. O que inclui os caminhões de seus clientes transportadores.
"Conhecemos a frota dos nossos clientes. Assim como também sabemos a procedência e como a frota é cuidada. Nosso modelo de negócios é baseado na confiança e na qualidade. E quem compra um caminhão da SVD busca mais qualidade do que preço", diz o CEO e diretor da SVD, Roberto Trindade. Mas Trindade revela que mantém parcerias com bancos para ajudar no financiamento. Entretanto, boa parte dos empresários costumam comprar à vista.
Assim, desde o início deste ano a transportadora passou a atuar também com loja própria de caminhões seminovos com até cinco anos de fabricação. Com idade média baixa, o objetivo do grupo é tornar-se referência no negócio.
Bons ventos a favor
A operação de transporte representa 75% dos negócios da SVD. Enquanto que 25% estão divididos entre seminovos e acessórios. Contudo, Roberto afirma que uma fatia importante, em torno de 15% vem da revenda de caminhões.
Nesse sentido, o executivo admite que a crise na cadeia de suprimentos favoreceu o seu negócio. Ou seja, com a falta de caminhões 0-km nas montadoras, os clientes tiveram de buscar alternativas. E foi aí que a SVD começou a firmar sua operação.
"Realizamos um trabalho criterioso. Começamos pela captação dos caminhões por meio dos canais digitais. E, após a aquisição, realizamos uma série de vistorias e pesquisas para assegurar aos nossos clientes que eles estão comprando um produto de qualidade, bem como com boa procedência. Passamos o veículo para o nosso nome, também a fim de garantir que o cliente está comprando um caminhão da SVD", diz Trindade.
Os caminhões são, em sua maioria, entregues como parte do pagamento na compra de caminhões novos. Ou seja, adquiridos por meio do relacionamento da empresa com as fabricantes de caminhões instaladas no Brasil e suas respectivas redes de concessionárias e clientes. As vendas ocorrem em duas lojas especializadas da SVD. Uma fica na região metropolitana de Curitiba e a outra na cidade de Ponta Grossa, ambas no Paraná.
SVD na Fenatran
Na Fenatran, a SVD Transportes, é a única transportadora presente como expositora. No entanto, a intenção é apresentar seus serviços aos clientes montadoras de caminhões. Assim como fazer relacionamento com transportadores que podem ser futuros clientes na operação de seminovos. Ademais, na Fenatran, a SVD negocia caminhões das marcas que transporta. Ou seja, DAF, Volvo, Scania, Mercedes-Benz e Iveco. Todos com tecnologia Euro 6. Mas não revelou quantidade.
Além disso, a empresa vai entrar na operação com veículos a gás da Scania. Serão duas unidades adquiridas para entregar chassi de São Bernardo do Campo, onde a SVD mantém uma filial, ao Porto de Santos e Botucatu. Ademais, a empresa é uma das transportadoras que começa a avaliar o novo Iveco S-Way a gás. Para este ano, a SVD deve crescer mais de 50%. Ou seja, vai superar R$ 250 milhões em faturamento. A companhia, S.A de capital fechado, projeta abrir seu capital em breve.
