Legislação

Frete tem tabela reajustada para baixo após redução do preço do diesel

Segundo a ANTT, a redução, da tabela de frete, que chega a 4%, ocorre por causa da diminuição de, em média, 5,94% no preço do diesel em agosto

Aline Feltrin

26 de ago, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Frete
Crédito:ANTT/Divulgação
ANTT aprova reajuste da tabela de frete

A tabela de preços mínimos de frete baixou. Segundo a Agência Nacional do Transporte Terrestre (ANTT), a redução varia de 3,16% a 4%. Segundo a ANTT, a medida ocorre após diminuição de, em média, 5,94% no preço do diesel em agosto. De acordo com a agência, o valor do litro do combustível utilizado para formular a tabela é de R$ 7,13.

Anteriormente, uma revisão ordinária da tabela de frete foi feita em julho. Naquela ocasião, os valores haviam subido até 1,96%. Segundo a lei que regula a cobrança, os preços devem ser reajustados toda vez que houver variação, para cima ou para baixo, superior a 5% no preço do combustível. A tabela de preços mínimos de frete é resultado de uma reivindicação feita pelos caminhoneiros durante a greve de 2018.

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Falta fiscalização e conhecimento

De acordo com a legislação, os preços variam de acordo com as especificações da carga. Contudo, os caminhoneiros dizem que a tabela não é cumprida. Conforme os profissionais, o motivo é a falta de fiscalização. Seja como for, boa parte dos motoristas, sobretudo os autônomos, desconhece a regra. Segundo estudo feito pela Confederação Nacional do Transportadores Autônomos (CNTA), quatro de cada dez profissionais nunca ouviram falar dessa lei.

De acordo com o levantamento, que foi feito em abril, essa é a realidade de 45% dos mil motoristas ouvidos pela AGP Pesquisas. Além disso, dos 55% que têm conhecimento da existência da tabela, 72% não estão satisfeitos com os valores sugeridos. Embora o número de entrevistas seja pequeno, reflete um universo gigantesco. Conforme dados da ANTT, há cerca de 800 mil caminhoneiros no Brasil.

Defasagem no frete

A redução dos valores da tabela de frete ocorre em um momento de grande defasagem entre os preços cobrados pelo transporte e a inflação de custos de insumos. De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC & Logística), a diferença média é de 13,8%.


Isso é resultado da alta não só do preço do diesel, mas também de itens como peças e pneus, entre outros. Assim, esses insumos representam cerca de 90% do custo final de uma operação. Ainda de acordo com a NTC, em 18 meses, os preços dos veículos subiram 42%. Da mesma forma, os da mão de obra ficaram 12,5% mais caros e o do combustível aumentou 104%.

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